sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Pintura em caverna na Indonésia mostra mais indícios da capacidade imaginativa dos humanos

Os seres humanos parecem ter predisposição para inventar, contar e consumir histórias. Pelo menos é o que diz o artigo, publicado na revista Nature, escrito por um grupo de arqueólogos da Universidade Australiana de Griffith.
A equipe descobriu a pintura rupestre de caça mais antiga do mundo, em uma caverna da Indonésia. Com uso de tecnologia de datação, a equipe confirmou que a pintura é de pelo menos 43,9 mil anos atrás, durante o Paleolítico Superior.
De acordo com a pesquisa, essa descoberta aponta para uma cultura artística avançada. A pintura de 4,5 metros de comprimento foi vista na ilha de Sulawesi há dois anos. Ela representa animais sendo perseguidos por caçadores meio humanos empunhando o que parecem ser lanças e cordas.
As pinturas em cavernas na Indonésia
Essa cena é o registro pictórico mais antigo de narrativa e o primeiro trabalho artístico figurativo do mundo, de que os pesquisadores têm conhecimento. A descoberta veio depois da pintura de uma animal na caverna de Bornéu na Indonésia. Foi determinado que ela tem pelo menos 40 mil anos. Já em 2014, os pesquisadores dataram uma obra figurativa em Sulawesi com 35 mil anos.
As pinturas em cavernas da Indonésia desafiam o pensamento de que as pinturas rupestres teriam surgido na Europa. Existem pelo menos 242 cavernas ou abrigos com pinturas antigas, apenas em Sulawesi. Além disso, novos lugares são descobertos todos os anos, de acordo com os pesquisadores.
Na última imagem datada os animais parecem com porcos selvagens e pequenos búfalos. Os caçadores representados com coloração marrom avermelhada têm corpos humanos e cabeças de animais, entre eles pássaros e répteis.
Na mitologia, essas figuras misturando características humanas e animais são conhecidas como teriantropos. Essas representações sugerem que os humanos primitivos nessa região eram capazes de imaginar coisas.
A pintura descoberta parece ser sobre caça e ter, talvez, conotação mitológica ou sobrenatural. Antes, pensava-se que o exemplo mais antigo de teiantropia fosse da Alemanha de 40 mil anos. Ela representa uma figura de marfim meio humana, meio leão.
Para os pesquisadores a descoberta é relevante, dada à possibilidade de que a habilidade de inventar histórias de ficção pode ter sido o último e mais crucial estágio na história da evolução da linguagem humana. Além do desenvolvimento dos padrões de cognição semelhantes aos modernos.
No entanto, alguns cientistas se demonstraram céticos em relação a descoberta ser de fato uma cena, ou uma série de pinturas feitas, possivelmente, durante milhares de anos. Representações de humanos ao lado de animais se tornaram comuns em outras partes do mundo apenas cerca de 10 mil anos atrás.

Créditos: Hypescience

Essas bizarras criaturas podem comer pedras e defecar areia

Grande parte dos moluscos costuma fazer sua toca em um leito de lama ou areia, mas esse cara aqui não. O Lithoredo abatanica é um molusco de água doce que foi descoberto em 2006 e ele pode literalmente comer rocha e defecar areia. Mas não é só isso, a pequena criatura pode até redesenhar a forma dos rios.
Os cientistas estão intrigados porque até agora, ninguém foi capaz de explicar como isso é possível. Tiveram até que criar um novo gênero para as bizarras criaturas.
Pesquisadores do Centro do Ocean Genome do Nordeste das Filipinas descobriram um novo gênero ou espécie de molusco que se enterra no leito de um rio nas Filipinas.
Alguns espécimes foram coletados de vários locais através do uso cuidadoso de um martelo e um cinzel. Eles foram observados em tanques e preservados.
Apesar do nome eles não são minhocas e sim uma espécie de bivalves (mexilhões ou moluscos). O caramujo tem o corpo alongado que não se encaixa bem na concha, então evoluiu para uma espécie de ferramenta de moagem. E aparentemente, esse é o grande segredo de sua alimentação.
Alguns tipos bivalves de realizam o mesmo processo porém, com madeira. Muito mais trabalho precisa ser feito para determinar se esses moluscos realmente obtêm seus nutrientes das rochas que comem ou se apenas digerem as pedras como uma forma de se movimentar. já que rochas tem pouquíssimos nutrientes.
Uma coisa é certa, ainda há muito o que se aprender com essa nova espécie.

Créditos: Socientífica

Descoberta a terra mais profunda do planeta e ela tem 9 vezes a profundidade do mar morto

Um novo mapa dos vales, desfiladeiros e montanhas, ocultos pelo gelo da Antártica mostrou a terra mais profunda do planeta e contribuirá para a previsão de perda de gelo futura.
O gélido continente do sul aparenta ser plano mas sob todo o gelo que se acumulou por eras há um velho continente tão “enrugado” quanto qualquer outro. Essa textura é muito importante para a previsão de quando e como o gelo vai fluir e quais regiões congeladas seriam mais vulneráveis ​​em um planeta em constante aquecimento. O mapa mais recente, criado pela Nasa, conhecido como BedMachine Antarctica, une as medidas de movimentação do gelo, radar, medidas sísmicas e outros dados para gerar uma imagem detalhada dos recursos escondidos da Antártica.
“Usando o BedMachine para ampliar setores específicos da Antártica, encontramos detalhes essenciais, como solavancos e cavidades sob o gelo que podem acelerar, desacelerar ou até parar o recuo das geleiras”, afirmou Mathieu Morlighem, cientista da Universidade da Califórnia, Irvine (EUA) neste comunicado.
Este novo mapa, publicado na revista científica Nature Geoscience em 12 de dezembro, revela aspectos topográficos antes desconhecidos que moldam o fluxo do gelo na Antártica.
Estes aspectos possuem “implicações importantes para a resposta das geleiras às mudanças climáticas”, detalharam os autores. “Por exemplo, geleiras que fluem através das montanhas transantárticas são protegidas por cordilheiras amplas e estabilizadoras”.
Compreender o fluxo do gelo no continente gelado é cada vez mais crucial à medida que o planeta aquece. Se todo o gelo do continente derretesse, o nível do mar aumentaria em 60 metros. Isso não aconteceria logo mas mesmo que seja gradual os efeitos globais serão devastadores.
Incluso nestes dados está a evidência do desfiladeiro mais profundo de todo o planeta. Ao estudar o montante de gelo fluindo por uma certa região estreita chamada Vale de Denman anualmente, os cientistas perceberam que ele deve descer ao menos 3.500 metros abaixo do nível do mar para acomodar todo o volume de gelo. É uma profundidade muito maior do que o próprio Mar Morto, a região mais baixa de terra exposta, que possui 432 metros abaixo do nível do mar, de acordo com o centro de Pesquisa Oceanográfica e Limnológica de Israel .
O mapa traz uma profusão de novas informações sobre quais seriam as regiões do gelo da Antártica em que corre maior risco de deslizamento para o oceano nas décadas e séculos vindouros, afirmam os autores.

Créditos: Hypescience

quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

“TUPI” E “GUARANI”: ESTRELA E PLANETA GANHAM NOMES INDÍGENAS BRASILEIROS

A estrela HD 23079 e o exoplaneta HD 23079b, situados na constelação Retículo, receberam os nomes de Tupi e Guarani, em votação pública que recebeu 977 sugestões de nomes, entre junho e setembro de 2019, e que teve 14 nomes finalistas.
Este ano, pela segunda vez na história, foi realizada uma campanha para a nomenclatura de planetas e estrelas. De acordo com a União Astronômica Internacional (IAU, na sigla em inglês), foram mais de 360 mil sugestões enviadas por pessoas de aproximadamente 110 países, com a participação de cerca de 420 mil votantes. A campanha recebeu o nome de IAU100 NameExoWorlds, devido às comemorações do centenário de atividade da IAU.
No Brasil, a campanha “NomeieExoMundos” teve início em abril. Uma comissão de especialistas estabeleceu normas para a aceitação de nomes. Dentre as 14 sugestões que passaram para a fase final, Tupi e Guarani foram eleitos os nomes vencedores, com 15% dos votos.
Dezenas de nomes selecionados para a eleição têm origem na etimologia indígena, já que, em 2019, a ONU está promovendo o Ano Internacional das Línguas Indígenas. Em reconhecimento ao evento, os falantes dessas línguas foram incentivados a propor nomes baseados em sua própria origem.
Esse também foi o caso da Argentina, onde o exoplaneta HD 48265b e a estrela HD 48265 receberam, respectivamente, os nomes Naqaya e Nosaxa, sugeridos pelo líder da comunidade indígena Moqoit.
Outros países optaram por homenagear sua mitologia, cidades antigas, riquezas naturais de importância nacional, entre outros.
O evento que deu nome a mais de 100 novos planetas e estrelas aconteceu nesta terça-feira (16), em Paris, França.

Créditos: Megacurioso

Nova espécie de titanossauro é descoberta no Equador

Os fósseis de um titanossauro previamente desconhecido foram encontrados no Equador. O dinossauro de médio a pequeno porte viveu há 85 milhões de anos, durante o período do Cretáceo Superior. Seus restos mortais foram descobertos no extremo sul do país, na província de Loja. É a primeira vez que fósseis de dinossauros são identificados no Equador e o exemplo mais ao norte de sua subfamília de saurópodes encontrada até hoje.
Os fósseis do titanossauro, chamado Yamanasaurus lojaensis, são os primeiros do gênero e foram descobertos por um fazendeiro em rochas da Formação Río Playas na paróquia de Yamana. De acordo com um relatório de El Universo, os fósseis foram repassados até se tornarem propriedade do Estado.
Em agosto de 2018, o paleontólogo argentino Sebastián Apesteguía, da Universidade Maimónides, foi convocado pelos professores John Soto, José Tamay e Galo Guamán da Universidade Técnica de Loja (UTPL) para dar uma conferência e dar a opinião de um especialista sobre os fósseis. Apesteguía disse ao jornal El Universo que lhe foi pedido que verificasse se os fósseis vinham de um dinossauro e se ele poderia dizer aos professores alguma coisa sobre a longa e extinta criatura. Ele podia e fez.
“Foi um choque”, disse Apesteguía, “o material que me mostraram foi incrível porque é claramente as duas últimas vértebras sacrais de um titanossauro. Mais tarde, meu colega Pablo Gallina e eu pudemos descobrir exatamente que tipo de titanossauro, mas naquele momento não havia dúvida de que era um dinossauro de médio a pequeno porte”.
Um artigo sobre a descoberta na Pesquisa Cretácea afirma que os fósseis de Yamanasaurus lojaensis incluem “um sacro parcial, uma vértebra caudal média parcial e vários ossos de membros associados” e a “Morfologia, tamanho e idade sugerem que Yamanasaurus está intimamente relacionado com Neuquensaurus, sendo de longe o mais setentrional conhecido”.
Processos técnicos foram então realizados na província de Loja e análises dos resultados em Buenos Aires. Quando as vértebras foram examinadas, os especialistas foram capazes de fazer um achado particularmente útil – não a presença de câmaras, que são mais comumente encontrados em um saltasaurus titanosaurus (um dinossauro sauropod titanosaurid do período Cretáceo Final com fósseis encontrados na Argentina), mas uma textura que era mais esponjosa. Isto significa que o animal era mais parecido com um Neuquensaurus australis (um gênero de dinossauro saltasaurid sauropod que é do mesmo período, mas que deixou fósseis tanto na Argentina como no Uruguai).
E com essa informação na mão, Apesteguía disse ao El Universo que a imagem de como era o dinossauro ficou clara:
“A comparação das vértebras, especialmente as vértebras caudais do Neuquensauro e dos saltassauros patagônicos, têm exatamente a mesma forma e tamanho. Isso significa que o animal é idêntico ao Neuquensauro, incluindo a estrutura interna dos ossos. Portanto, não foi necessário inventar muito. É basicamente colocar as partes que temos do Yamanasaurus no esqueleto de um Neuquensaurus. É realmente muito simples. Eles são praticamente idênticos”.
Os pesquisadores acreditam que o titanossauro foi um herbívoro que provavelmente comeu de árvores menores. Mas o que Apesteguía quer expressar quando diz que o Yamanasaurus lojaensis é um dinossauro de médio a pequeno porte? Neste caso, refere-se a uma criatura que mediu aproximadamente seis metros de comprimento, era robusta e tinha uma concha protetora. Sua pele também estava provavelmente coberta de ossos minúsculos para proporcionar maior proteção contra predadores. A reconstrução do primeiro dinossauro conhecido do Equador foi criada pelo paleoartista argentino Jorge González.
Além de ser o primeiro exemplo conhecido de fósseis de dinossauros do Equador, o significado que esta descoberta tem um alcance mais amplo. É o primeiro no Equador e, cientificamente, é o exemplo mais ao norte, mais boreal, de um saltassauro que encontramos, Apesteguía disse ao jornal El Universo.
“Até agora, o mais setentrional ficava no norte da Argentina. Mas de repente há um salto e encontramos o mesmo tipo de animal do mesmo período no Equador”.
Os pesquisadores sabem que a feliz descoberta dos fósseis de titanossauro pode significar que há mais para encontrar na região, então já estão planejando uma busca. Mas há preocupações muito reais de que, se as autoridades competentes não agirem rapidamente, poderão perder para outros que tem a possibilidade de encontrar os fósseis e vendê-los no mercado negro antes mesmo que os especialistas comecem a busca.

Créditos: Socientífica

“Lábios do diabo” são a nova moda assustadora na Rússia

“Lábios ondulados”, “lábios do diabo” ou “lábios de polvo” são alguns dos apelidos dessa moda que parece ter surgido na Rússia. Imagens de lábios desfigurados com preenchimento têm pipocado nas redes sociais, e muitos acharam se tratar de Photoshop.
A origem exata das imagens ainda é desconhecida, mas uma cirurgiã plástica russa conhecida por lançar outras modas muito estranhas pode estar por trás dessa invenção questionável. O procedimento semi-permanente envolve colocar preenchimento nas bordas dos lábios para criar um efeito de onda.
A moda tem sido desaprovada por médicos e profissionais de saúde, que alertam que caso a substância utilizada para fazer o preenchimento acabe na correte sanguínea, pode causar bloqueios e necrose no tecido. A região dos contornos dos lábios é rica em pequenos vasos sanguíneos.

Créditos: Hypescience

CALENDÁRIO DE 2020 ESTARÁ RECHEADO DE FERIADOS PROLONGADOS

O ano de 2020 dos brasileiros contará com nove feriados em seu calendário nacional. Destes, seis são prolongados. A maioria dos dias irão cair em sextas-feira, terças-feiras e segundas-feiras quando a possibilidade de emendar é maior.
A quantia ainda pode aumentar dependendo das datas festivas referentes aos estados e municípios. Nas somas de um paulista, por exemplo, entram ainda Dia da Consciência Negra (20 de novembro), Aniversário da Cidade (25 de janeiro), Revolução Constitucionalista (09 de julho), Carnaval (25 de fevereiro) e Corpus Christi (11 de junho). Os dois últimos são comuns em muitas regiões brasileiras e chegam a serem confundidos com feriados nacionais, porém, não são. Dessa forma, um paulista contaria com catorze folgas durante o ano que vem.
Ficou curioso para programar suas viagens e folgas para 2020? Confira os feriados nacionais que estão listados abaixo e pesquise o calendário da sua cidade e seu estado para conferir suas chances.

Confira os feriados nacionais de 2020:
  • 1º de janeiro (quarta-feira): Confraternização Universal
  • 10, 11 e 12 de abril (sexta-feira a domingo): Paixão de Cristo (dia 10)
  • 21 de abril (terça-feira): Tiradentes
  • 1º, 2 e 3 de maio (sexta-feira a domingo): Dia Mundial do Trabalho (dia 1º)
  • 5, 6 e 7 de setembro (sábado a segunda-feira): Independência do Brasil (dia 7)
  • 10, 11 e 12 de outubro (sábado a segunda-feira): Nossa Senhora Aparecida (dia 12)
  • 31 de outubro, 1º e 2 de novembro (sábado a segunda-feira): Finados (dia 2)
  • 15 de novembro (domingo): Proclamação da República
  • 25, 26 e 27 de dezembro (sexta-feira a domingo): Natal (dia 25)

Créditos: Megacurioso

sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Homem esmagado por rocha na erupção do Vesúvio é descoberto

Autoridades do sítio arqueológico de Pompéia anunciaram a descoberta do esqueleto de um homem esmagado por uma enorme rocha enquanto tentava fugir da erupção do Monte Vesúvio em 79 dC.
A vítima, estimada possuir mais de 30 anos, teve seu tórax esmagado. Arqueólogos não encontraram a cabeça da vítima. Autoridades disseram que o homem sofreu de uma infecção na perna que pode ter causado dificuldades de locomoção e, assim, impedido sua fuga.
Foi divulgada uma foto mostrando o esqueleto saindo de baixo de uma grande rocha que pode ter sido um batente de porta que havia sido “violentamente lançado pela nuvem vulcânica”.
O homem, que se acreditava ter 30 anos, foi encontrado no primeiro andar de um prédio, acima da camada de pequenas pedras carregadas pela nuvem.
Mas não foi a lava derretida de movimento lento que matou a maioria das pessoas de Pompéia. Em vez disso, uma vasta nuvem de gás quente e fragmentos – chamada de fluxo piroclástico – surgiu sobre a cidade, matando seus habitantes onde quer que estivessem e enterrando-os em cinzas, preservando seu momento final.
O diretor geral do sítio arqueológico, Massimo Osanna, chamou de “um achado excepcional” que contribui para um melhor “retrato da história e civilização da época”.


Créditos: The Guardian

Microgravidade parece neutralizar a maioria das células cancerosas

Um experimento conduzido por Joshua Chou, professor de engenharia biomédica da Universidade de Tecnologia de Sydney (Austrália), mostrou que um ambiente de microgravidade pode neutralizar células cancerosas de quatro tipos: do nariz, ovário, mama e pulmão.
“Nosso trabalho descobriu que, quando colocadas em um ambiente de microgravidade, 80 a 90% das células dos quatro tipos de câncer foram desativadas. Por desativadas, quero dizer que ou morreram ou flutuaram para longe porque não conseguiram mais se juntar [para formar um tumor]. Esses quatro tipos de câncer são alguns dos mais difíceis de matar”, afirmou Chou.
O próximo passo da pesquisa, que acontecerá já no início do ano que vem, envolverá enviar células para um experimento a bordo de um módulo especialmente projetado na Estação Espacial Internacional.
O processo pelo qual o câncer cresce e se espalha parece indicar que existe uma forma pela qual as células são capazes de sentir umas às outras, e se aproximar para formar um tumor.
Os cientistas sabem que a única maneira de isso acontecer é através de forças mecânicas que evoluíram para funcionar em um ambiente onde há gravidade. O que ocorreria em um ambiente, então, sem essa gravidade?
Chou queria descobrir. Ele e sua equipe testaram os efeitos da microgravidade em células cancerígenas em laboratório usando um dispositivo do tamanho de uma caixa com uma pequena centrífuga dentro. O recipiente gira as células até que elas experimentam a sensação de microgravidade.
O resultado foi tão promissor – as células foram incapazes de sentir umas às outras e se juntar para formar um tumor – que a equipe decidiu levar o experimento até o espaço.
Próximo passo
O novo estudo deve durar sete dias. A equipe de Chou permanecerá na Terra, monitorando o progresso do experimento daqui. Quando ele estiver concluído, as células serão congeladas para retornar ao solo, onde serão examinadas em busca de alterações genéticas.
Se os resultados confirmarem o que a equipe de Chou viu em laboratório, os pesquisadores planejam desenvolver tratamentos que tenham o mesmo efeito que a microgravidade.
Esses tratamentos não vão agir como uma cura, no entanto. O ideal é que sejam administrados junto com as terapias médicas atuais, como drogas e quimioterapia, a fim de reduzir a propagação do câncer e tornar os métodos clínicos convencionais mais eficazes, rápidos e baratos.
O futuro da medicina espacial
Segundo os pesquisadores, esse e outros avanços no campo da medicina espacial demonstram como esse tipo de pesquisa pode levar a benefícios comerciais e médicos.
“Espero que essa seja uma de muitas missões de pesquisa espacial australiana. Minha equipe e eu temos a sorte de ter a oportunidade de fazer essa pesquisa, pois é tão rara e usaremos nossas conclusões para sinalizar à comunidade de pesquisa australiana que a era da biologia e da medicina espaciais está verdadeiramente aqui”, concluiu Chou.

Créditos: Megcurioso

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Objetos de vidro também já podem ser impressos em 3D

Produzir objetos de vidro usando a impressão 3D não é fácil. Apenas alguns grupos de pesquisadoresem todo o mundo conseguiram produzir vidro usando fabricação aditiva.Alguns criaram objetos imprimindo vidro fundido, mas a desvantagem é que isso requer temperaturas extremamente altas e equipamentos resistentes ao calor. Outros usaram partículas de cerâmica em pó, que podem ser impressas a temperatura ambiente e depois sinterizadas para criar vidro; no entanto, isso só permite imprimir objetos simples.Por isso surpreendeu quando pesquisadores do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique, na Suíça, conseguiram imprimir objetos de vidro complexos usam a estereolitografia, uma das primeiras técnicas de impressão 3D desenvolvidas, ainda na década de 1980.
David Moore e seus colegas conseguiram isto graças a uma resina especial que contém um plástico, e moléculas orgânicas, às quais são ligados os precursores do vidro.
A resina pode ser processada e curada pela técnica tradicional, com irradiação com luz UV. Onde quer que a luz atinja a resina, ela endurece porque os componentes sensíveis à luz do polímero reticulam nos pontos iluminados. Os monômeros de plástico combinam-se para formar uma estrutura semelhante a um labirinto, criando o polímero. Finalmente, as moléculas portadoras de cerâmica preenchem os interstícios desse labirinto.
A técnica também permite modificar a microestrutura, camada por camada, misturando sílica com borato ou fosfato e adicionando-a à resina. Objetos complexos podem ser feitos de diferentes tipos de vidro, ou mesmo combinados no mesmo objeto.
Falta então o passo final. A matriz impressa é aquecida a duas temperaturas diferentes: a 600 °C, para queimar a estrutura do polímero e, em seguida, a cerca de 1000 °C, para densificar a estrutura cerâmica em vidro.
Durante o processo de queima, os objetos encolhem significativamente, mas ficam transparentes e duros como o vidro comum.
Esses objetos de vidro impressos em 3D são bem pequenos, e tudo indica que a técnica não será adequada para imprimir objetos de vidro grandes, como garrafas, copos ou vidros para janelas.
No entanto, assim que a equipe solicitou uma patente da tecnologia, um grande fabricante de vidrarias da Suíça entrou em contato e já está negociando o licenciamento da patente - sem especificar quais produtos a empresa pretende produzir com a tecnologia.

Créditos: Inovação Tecnológica

ZIGMUND ADAMSKI: CRIME OU ABDUÇÃO ALIENÍGENA?



Aos 56 anos de idade, o mineiro polonês chamado Zigmund Adamski vivia uma vida pacata, praticamente bucólica, na pequena cidade de Tingley, a sudoeste de Leeds, na Inglaterra. Nascido em agosto de 1923, ele emigrou para a Inglaterra quando tinha 22 anos de idade, em 1945, e se casou com Leokadia Howalska em 1951. Ele passou a trabalhar numa mina de carvão local, na Lofthouse Colliery, e era feliz, apesar de seus poucos recursos.
Em 1980, Zigmund entrou com requerimento de aposentadoria, tanto porque o corpo não aguentava mais as longas e pesadas jornadas de trabalho – ele acabou desenvolvendo bronquite devido ao hábito de fumar e dos esporos da mina — quanto pela necessidade de cuidar melhor da saúde de sua esposa, que estava com esclerose múltipla e confinada numa cadeira de rodas. Porém, a princípio, a mineradora acabou rejeitando a sua solicitação.
O homem tentou manter as coisas no lugar, apesar de tudo, pois dali a alguns dias sua afilhada se casaria e ele estava mais preocupado com a preparação que antecedia o dia da cerimônia. Tanto que na manhã do dia 6 de junho do mesmo ano, Zigmund e o seu primo foram a Wakefield para fazer compras, depois voltaram para a casa e tiveram um almoço em família com outros dois parentes que vieram da Polônia.
Por volta das 15h45 da tarde, Zigmund deixou sua casa de novo, só que dessa vez para comprar mantimentos para o dia seguinte. No caminho, ele encontrou e cumprimentou seu vizinho de longa data e continuou em direção ao mercadinho. Fez as suas compras normalmente, pagou, saiu do local e nunca mais voltou para a casa.
Às 21h25 da noite, temendo que o marido tivesse sido sequestrado ou tivesse passado mal e caído em algum lugar, Leokadia decidiu contatar a polícia e a busca pelo paradeiro de Zigmund começou no mesmo instante.
Na tarde de 11 de junho de 1980, cinco dias depois do desaparecimento do velho mineiro, o policial Alan Godrey, que até se aposentar de suas funções trabalhava na cidade de Todmorden, a 48 quilômetros a sudoeste de Tingley, recebeu uma ligação em sua base militar, mas foi o seu colega, Malcom Hagley, que a atendeu.
Do outro lado da linha estava Trevor Parker, filho do dono de um centro de distribuição de carvão que ficava próximo a uma antiga estação ferroviária de Todmorden. O local desolado e industrial era ilhado no final de uma estradinha de terra de mão única, cujo o acesso geralmente só era possível se feito por carro ou qualquer outro veículo, mas não a pé. Trevor Parker contou ao policial que estava carregando um dos caminhões da empresa para as entregas do segundo turno do dia quando encontrou o corpo de um homem morto em cima de uma pilha de três metros de carvão antracito.
Era Zigmund Adamski, encontrado longe demais de sua casa, às 15h45 da tarde, ironicamente no mesmo horário no qual deixara a família para não voltar mais.
Às 16h45, Malcom Hagley e Alan Godrey chegaram antes da ambulância, que também havia sido acionada por Trevor no momento de sua descoberta. Apesar da chuva e pressão da umidade, os dois oficiais subiram até o topo da pilha para examinar o corpo – que até então ainda não sabiam que era de Zigmund.
O homem estava de bruços e parecia “estar dormindo”, como descreveu Godrey. Ele estava sem camisa por debaixo do terno abotoado nas casas erradas. A calça estava aberta e os sapatos amarrados com tanta força que os pés haviam arroxeado. Estava sem carteira ou qualquer outro objeto de valor, inclusive a aliança. Não haviam sinais de sujeira aparente por nenhuma parte de seu corpo ou roupas, nem mesmo causada pelo carvão. O corpo também não demonstrava possuir traços de luta, assim como pela pilha do minério. Zigmund possuía apenas discretas marcas semelhantes à de queimaduras ao redor da cabeça, na nuca e nos ombros. Sobre esses ferimentos, tinha uma substância verde amarelada feito um gel.
O médico legista Alan Edwards, durante a autópsia, relatou que a barba de Zigmund não havia crescido durante os cinco dias que ele esteve desaparecido, bem como unhas, cabelos e pelos de seu corpo no geral. Era como se o crescimento tivesse sido interrompido por todo esse tempo. O homem havia se alimentado bem, mas a comida não havia digerido em seu estômago. Nenhum órgão ou parte do corpo havia sido colocado sob algum estresse, confirmando as suspeitas de Godrey. Não haviam ferimentos ou rupturas internas, tampouco algum dano por conta de problemas de caráter vascular ou cerebral. O médico disse: “era como se o corpo tivesse sido apenas desligado, de forma natural”. Incapaz de explicar, porém, o perito atestou a causa da morte como parada cardíaca.
A inexplicável morte de Zigmund Adamski o arrastou para o centro de uma conspiração entre crime, mas principalmente de abdução alienígena, sobretudo por Todmorden se tratar de um local que, durante anos, entre as décadas de 70 e 80, registrou um grande índice de relatos de contatos imediatos com seres extraterrestres.
Foi aberto um inquérito, porém nada conseguia justificar um possível desaparecimento voluntário do velho mineiro. Toda a vida do homem era perfeitamente normal, estável e feliz. Não haviam dívidas, inimigos ou problemas ligados ao nome ou a moral dele. Recorreram ao público para tentar angariar mais alguma informação, porém acabaram frustrados também. E isso piorou quando os resultados do laboratório chegaram acerca da substância gelatinosa encontrada no corpo, que acabou não sendo possível identificar a sua origem.
Perante a Lei, o caso foi concluído com um veredito em aberto, com a morte definida por insuficiência cardíaca. Perante os estudiosos de Ufologia, foi um clássico Contato de Sexto Grau, quando existe um incidente com um OVNI que provoca ferimentos ou a morte imediata do ser humano. Seja como for, em nenhuma das esferas, as perguntas de onde Zigmund estava e o que o levou à sua morte, nunca puderam ser respondidas.

Créditos: Megacurioso

Cientistas dizem ter encontrado um lugar na Terra onde não há vida

Que a Terra está infestada de vida é algo que tem sido atestado uma vez após outra, com pesquisas nos locais menos amenos do nosso planeta.
Agora, contudo, uma equipe da Espanha e da França afirma ter encontrado o primeiro lugar na Terra onde nenhum organismo conhecido consegue sobreviver.
Jodie Belilla e seus colegas afirmam ter usado todos os métodos científicos disponíveis para confirmar a ausência total de vida nos lagos quentes, salinos e hiperácidos do campo geotérmico de Dallol, na Etiópia.
A paisagem estéril de Dallol, localizada na depressão etíope de Danakil, se estende sobre uma cratera vulcânica cheia de sal, onde emanam gases tóxicos, a água ferve em meio a uma intensa atividade hidrotermal e as temperaturas diárias no inverno superam os 45° C.
É um dos ambientes mais tórridos da Terra, com suas piscinas hipersalinas e hiperácidas apresentando até mesmo valores negativos de pH.
No início deste ano, uma equipe da Universidade de Bolonha, na Itália, apontou que certos microrganismos poderiam se desenvolver nesse ambiente multi-extremo (simultaneamente muito quente, salino e ácido), o que levou Barbara Cavalazzi e seus colegas a apresentarem Dallol como um exemplo dos limites que a vida pode suportar, propondo que ele seja um análogo terrestre adequado para o estudo da vida em outros planetas, assemelhando-se, por exemplo, ao planeta Marte em seus primórdios.
Agora a equipe franco-espanhola publicou um artigo que conclui o contrário.
Segundo esses pesquisadores, a conclusão de que não há vida nas piscinas infernais de Dallol foi confirmada pelos resultados de todos os vários métodos utilizados, incluindo o sequenciamento maciço de marcadores genéticos para detectar e classificar microrganismos, tentativas de cultura microbiana, citometria de fluxo fluorescente para identificar células individuais, análise química da salmoura e microscopia eletrônica de varredura combinada com espectroscopia de raios X.
"O que existe é uma grande diversidade de arqueias halofílicas [Archaea: um tipo de microrganismo primitivo que adora sal] no deserto e nos desfiladeiros salinos ao redor do local hidrotérmico, mas não nas próprias piscinas hiperácidas e hipersalinas e nem nos chamados Lagos Negro e Amarelo de Dallol, onde o magnésio é abundante. E tudo isso apesar do fato de a dispersão microbiana nessa área, devido ao vento e aos visitantes humanos, ser intensa.
"Em outros estudos, além da possível contaminação de amostras com arqueias de terrenos adjacentes, essas partículas minerais podem ter sido interpretadas como células fossilizadas, quando na realidade se formam espontaneamente nas salmouras, mesmo sem vida," afirmou Purificación Lopez Garcia, do Centro Nacional Francês de Pesquisa Científica (CNRS).

Créditos: Inovação Tecnológica

Dente de tubarão encontrado em vértebra de um pteranodonte

Há mais de 80 milhões de anos, um pteranodonte voou sobre as ondas do Mar do Interior Ocidental. De repente, da água abaixo do réptil voador irrompeu um grande tubarão. No final do ataque, o pteranodonte estava morto e um tubarão estava sem um dente.
Essa história foi apresentada em artigo publicado online no jornal PeerJ sobre um fóssil curioso: um esqueleto parcial de um pteranodonte do Cretáceo Final com um dente de tubarão de quase 24 milímetros embutido em seu pescoço.
Segundo os pesquisadores, a história também poderia ser um pouco mais banal: talvez o tubarão tenha simplesmente removido a carcaça flutuante de um pteranodonte já morto. De qualquer forma, o fóssil é um registro raro do encontro entre o mar e o céu no tempo dos dinossauros.
O fóssil com o dente incorporado em uma das vértebras do pterodonte está em exposição pública no Museu de História Natural de Los Angeles, mas foi encontrado no Kansas em 1965. A espécie de pteranodonte neste achado é desconhecida, mas provavelmente viveu entre cerca de 86 milhões e 83 milhões de anos atrás. Era um animal grande, com uma envergadura de asas de cerca de 5 metros de diâmetro.
O dente de tubarão pertencia a uma espécie chamada Cretoxyrhina mantelli, agora extinta. Tubarões desta espécie poderia ter crescido até 7 metros de comprimento, mas com base no tamanho do dente, o animal que mordeu o pteranodonte tinha cerca de 2,5 metros de comprimento.
Embora nunca haja uma maneira de saber ao certo se o tubarão caçou ou nadou com o pteranodonte, os autores apresentaram uma reconstrução da cena possível, mostrando um tubarão saltando da água para capturar sua presa. Esse é um cenário completamente possível, já que os tubarões modernos às vezes fazem isso. Eles levantam a cabeça para atingir uma ave marinha flutuante o mais rápido e duro possível, quebrando a superfície da água e agarrando o pássaro.
O tubarão antigo provavelmente também teria caçado desta forma, afirmam os paleontólogos. Entretanto estudos biomecânicos em pteranodontes sugerem que essas criaturas teriam sido capazes de entrar na água por cerca de um segundo e meio. O que é lento o suficiente para um tubarão pegar tal presa, mas ele teria que ser rápido que isso. Essa é outra possibilidade, não existem muitas formas de saber o que de fato aconteceu. Os pesquisadores podem apenas reunir as evidências escassas e mostrar os cenários possíveis.

Créditos: SoCientífica

Cientistas finalmente criam neurônios artificiais

Uma equipe internacional liderada por pesquisadores da Universidade de Bath (Inglaterra) realizou um feito inédito: conseguiu reproduzir a atividade biológica de neurônios usando chips de silicone.
E o que é ainda melhor: esses “neurônios artificias” requerem apenas 140 nanoWatts para funcionar, o que é um bilionésimo da energia necessária a microprocessadores utilizados em outros estudos.
Os chips têm inúmeras potenciais aplicações médicas, especialmente para curar doenças crônicas como o Alzheimer, nas quais os neurônios não funcionam adequadamente.
Também podem servir para restaurar a função em casos nos quais as células pararam de funcionar totalmente, como lesões na medula espinhal.
Por fim, também poderiam tratar condições como insuficiência cardíaca. Nesse caso, alguns neurônios na base do cérebro não trabalham adequadamente, de forma que não enviam os sinais corretos para o coração, que por sua vez não bombeia tão forte quanto deveria.
Criar os chips não foi nada fácil. Neurônios se comportam de maneira semelhante a circuitos elétricos, mas de forma muito menos previsível.
Assim, os pesquisadores tiveram que fazer cálculos e criar modelos para tentar elucidar como neurônios específicos respondiam a certos estímulos elétricos.
E essas respostas não eram lineares; por exemplo, quando um sinal se torna duas vezes mais forte, isso não significa necessariamente que vai liberar uma reação duas vezes maior.
Ao projetar os chips de silicone, os pesquisadores tentaram imitar a resposta dos neurônios a uma variedade de estímulos. E conseguiram replicar com sucesso a dinâmica dos neurônios respiratórios e do hipocampo em ratos.
“Nosso trabalho é paradigmático porque fornece um método robusto para reproduzir as propriedades elétricas de neurônios reais em mínimos detalhes”, disse o principal autor do estudo, Alain Nogaret, do Departamento de Física da Universidade de Bath.
Nogaret explica que a abordagem do estudo combina várias descobertas.
“Podemos estimar com precisão os parâmetros que controlam o comportamento de qualquer neurônio. Criamos modelos físicos do hardware e demonstramos sua capacidade de simular com êxito o comportamento de neurônios vivos reais. Nosso terceiro avanço é a versatilidade do nosso modelo, que permite a inclusão de diferentes tipos e funções de uma variedade de neurônios mamíferos complexos”, resume.
Uma vez que os neurônios artificiais podem ser miniaturizados e implantados, isso cria diversas oportunidades para dispositivos médicos inteligentes e personalizados.
“Por exemplo, estamos desenvolvendo marcapassos inteligentes que não apenas estimulam o coração a bombear a um ritmo constante, mas usam esses neurônios para responder em tempo real às demandas impostas ao coração – o que acontece naturalmente em um coração saudável. Outras possíveis aplicações poderiam ser no tratamento de doenças como Alzheimer e doenças degenerativas neuronais de maneira mais geral”, conclui Nogaret.

Créditos: Hypescience