quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

ZIGMUND ADAMSKI: CRIME OU ABDUÇÃO ALIENÍGENA?



Aos 56 anos de idade, o mineiro polonês chamado Zigmund Adamski vivia uma vida pacata, praticamente bucólica, na pequena cidade de Tingley, a sudoeste de Leeds, na Inglaterra. Nascido em agosto de 1923, ele emigrou para a Inglaterra quando tinha 22 anos de idade, em 1945, e se casou com Leokadia Howalska em 1951. Ele passou a trabalhar numa mina de carvão local, na Lofthouse Colliery, e era feliz, apesar de seus poucos recursos.
Em 1980, Zigmund entrou com requerimento de aposentadoria, tanto porque o corpo não aguentava mais as longas e pesadas jornadas de trabalho – ele acabou desenvolvendo bronquite devido ao hábito de fumar e dos esporos da mina — quanto pela necessidade de cuidar melhor da saúde de sua esposa, que estava com esclerose múltipla e confinada numa cadeira de rodas. Porém, a princípio, a mineradora acabou rejeitando a sua solicitação.
O homem tentou manter as coisas no lugar, apesar de tudo, pois dali a alguns dias sua afilhada se casaria e ele estava mais preocupado com a preparação que antecedia o dia da cerimônia. Tanto que na manhã do dia 6 de junho do mesmo ano, Zigmund e o seu primo foram a Wakefield para fazer compras, depois voltaram para a casa e tiveram um almoço em família com outros dois parentes que vieram da Polônia.
Por volta das 15h45 da tarde, Zigmund deixou sua casa de novo, só que dessa vez para comprar mantimentos para o dia seguinte. No caminho, ele encontrou e cumprimentou seu vizinho de longa data e continuou em direção ao mercadinho. Fez as suas compras normalmente, pagou, saiu do local e nunca mais voltou para a casa.
Às 21h25 da noite, temendo que o marido tivesse sido sequestrado ou tivesse passado mal e caído em algum lugar, Leokadia decidiu contatar a polícia e a busca pelo paradeiro de Zigmund começou no mesmo instante.
Na tarde de 11 de junho de 1980, cinco dias depois do desaparecimento do velho mineiro, o policial Alan Godrey, que até se aposentar de suas funções trabalhava na cidade de Todmorden, a 48 quilômetros a sudoeste de Tingley, recebeu uma ligação em sua base militar, mas foi o seu colega, Malcom Hagley, que a atendeu.
Do outro lado da linha estava Trevor Parker, filho do dono de um centro de distribuição de carvão que ficava próximo a uma antiga estação ferroviária de Todmorden. O local desolado e industrial era ilhado no final de uma estradinha de terra de mão única, cujo o acesso geralmente só era possível se feito por carro ou qualquer outro veículo, mas não a pé. Trevor Parker contou ao policial que estava carregando um dos caminhões da empresa para as entregas do segundo turno do dia quando encontrou o corpo de um homem morto em cima de uma pilha de três metros de carvão antracito.
Era Zigmund Adamski, encontrado longe demais de sua casa, às 15h45 da tarde, ironicamente no mesmo horário no qual deixara a família para não voltar mais.
Às 16h45, Malcom Hagley e Alan Godrey chegaram antes da ambulância, que também havia sido acionada por Trevor no momento de sua descoberta. Apesar da chuva e pressão da umidade, os dois oficiais subiram até o topo da pilha para examinar o corpo – que até então ainda não sabiam que era de Zigmund.
O homem estava de bruços e parecia “estar dormindo”, como descreveu Godrey. Ele estava sem camisa por debaixo do terno abotoado nas casas erradas. A calça estava aberta e os sapatos amarrados com tanta força que os pés haviam arroxeado. Estava sem carteira ou qualquer outro objeto de valor, inclusive a aliança. Não haviam sinais de sujeira aparente por nenhuma parte de seu corpo ou roupas, nem mesmo causada pelo carvão. O corpo também não demonstrava possuir traços de luta, assim como pela pilha do minério. Zigmund possuía apenas discretas marcas semelhantes à de queimaduras ao redor da cabeça, na nuca e nos ombros. Sobre esses ferimentos, tinha uma substância verde amarelada feito um gel.
O médico legista Alan Edwards, durante a autópsia, relatou que a barba de Zigmund não havia crescido durante os cinco dias que ele esteve desaparecido, bem como unhas, cabelos e pelos de seu corpo no geral. Era como se o crescimento tivesse sido interrompido por todo esse tempo. O homem havia se alimentado bem, mas a comida não havia digerido em seu estômago. Nenhum órgão ou parte do corpo havia sido colocado sob algum estresse, confirmando as suspeitas de Godrey. Não haviam ferimentos ou rupturas internas, tampouco algum dano por conta de problemas de caráter vascular ou cerebral. O médico disse: “era como se o corpo tivesse sido apenas desligado, de forma natural”. Incapaz de explicar, porém, o perito atestou a causa da morte como parada cardíaca.
A inexplicável morte de Zigmund Adamski o arrastou para o centro de uma conspiração entre crime, mas principalmente de abdução alienígena, sobretudo por Todmorden se tratar de um local que, durante anos, entre as décadas de 70 e 80, registrou um grande índice de relatos de contatos imediatos com seres extraterrestres.
Foi aberto um inquérito, porém nada conseguia justificar um possível desaparecimento voluntário do velho mineiro. Toda a vida do homem era perfeitamente normal, estável e feliz. Não haviam dívidas, inimigos ou problemas ligados ao nome ou a moral dele. Recorreram ao público para tentar angariar mais alguma informação, porém acabaram frustrados também. E isso piorou quando os resultados do laboratório chegaram acerca da substância gelatinosa encontrada no corpo, que acabou não sendo possível identificar a sua origem.
Perante a Lei, o caso foi concluído com um veredito em aberto, com a morte definida por insuficiência cardíaca. Perante os estudiosos de Ufologia, foi um clássico Contato de Sexto Grau, quando existe um incidente com um OVNI que provoca ferimentos ou a morte imediata do ser humano. Seja como for, em nenhuma das esferas, as perguntas de onde Zigmund estava e o que o levou à sua morte, nunca puderam ser respondidas.

Créditos: Megacurioso

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