sábado, 30 de novembro de 2019

Jovem de 14 anos resolve ponto cego dos carros e leva prêmio de R$ 100 mil

Os fabricantes têm tentado diferentes soluções para reduzir os pontos cegos, como é o caso do novo Honda Fit. Mas a questão, que parece tão complicada para os fabricantes, parece ter encontrada uma solução simples graças a uma inventora com 14 anos de idade.
A jovem Alaina Gassler, de West Grove, no estado norte-americano da Pensilvânia, criou um sistema com webcam e projetor para resolver as falhas de visibilidade de um veículo.
Ela instalou a câmera na parte externa da coluna A, no ângulo de visão do motorista. Na parte interna, peças feitas por uma impressora 3D criaram a base ideal para alinhar a imagens ao vivo do projetor com a linha da estrutura. Com isso, foi possível transmitir em tempo real para o condutor tudo que está passando atrás da coluna.

Créditos: 4 Rodas

ESQUELETOS INFANTIS USANDO 'CAPACETES' DE CRÂNIOS SÃO ENCONTRADOS

Um grupo de arqueólogos encontrou, durante escavações pela costa central do Equador, túmulos com mais de 2 mil anos de existência, pertencentes à cultura Guangala. No total, foram encontrados restos de onze indivíduos, porém dois deles chamaram bastante atenção por ter ornamentos curiosos ao redor do crânio.
Os enfeitados eram restos de bebês e estavam equipados com uma espécie de "capacete" formado por crânios de outras crianças mortas. Os pesquisadores avaliaram que tais ossos eram pertencentes à crianças mais velhas sem a carne corporal completamente deteriorada e que o processo era parte de um ritual funerário onde o propósito da camada cranial era "fortalecer" as cabeças de mortos prematuramente, além de estar relacionado ao renascimento dos falecidos.
Sara Juengst, estudiosa do caso e professora assistente da Universidade da Carolina do Norte foi a responsável por reconhecer as camadas de crânio e, dessa maneira, iniciar o processo de identificação "de descobertas mais detalhadas sobre a idade dos indivíduos primários e do crânio extra". Dessa forma, as conclusões levaram a crer que o primeiro bebê havia falecido aos 18 meses de idade e que estava utilizando o capacete com crânios de um jovem de 4 a 12 anos, e o segundo, morto com cerca de 9 meses, utilizava adornos de uma criança morta aos 10 anos.
As análises também detectaram que ambos os corpos apresentavam uma total ausência de marcas físicas de traumas ou atitudes violentas e seu sexo era incapaz de ser determinado. Sobre o ritual, um pouco mais foi percebido sobre ele, apesar de muito ainda estar entre as sombras e, possivelmente, difícil de decifrar, pois ao redor dos corpos, poucos itens foram encontrados, como pedras e objetos pessoais, mas sem alguma relação concreta sobre suas funções.
A cultura Guangala, que ocupou os territórios nordeste da província de Manabí até as províncias de Santa Elena e Guayas, alncançando também os territórios do extremo leste de Chongón e Colonche, vivia em locais próximos a abastecimentos de água, como quedas de rios. Herdeira da tradição Chorrera, era especialista no manejo da cerâmica e materiais naturais como pedras e metal e sua distinção era a vocação para a fabricação e utilização de instrumentos musicais. Foi reconhecida durante período de Desenvolvimento Regional entre 500 a.C. e 500 d.C.

Créditos: Megacurioso

Partícula procurada há 40 anos finalmente dá sinais de existir

Cientistas finalmente encontraram traços de áxion, uma partícula que raramente interage com a matéria normal. Esta partícula foi prevista há 40 anos, mas não havia dado nenhum sinal real de existência até agora. Pesquisadores acabam de encontrar assinaturas matemáticas da presença dela em um material terráqueo.
A importância do áxion é que ele possivelmente faz parte a matéria escura. Assim como a matéria escura, ele não consegue interagir com a matéria normal. Isso torna o áxion, se ele realmente existir, extremamente difícil de ser detectado.
Por causa dessa dificuldade na detecção, os pesquisadores decidiram usar um material muito estranho chamado de matéria condensada para tentar captar indícios de sua existência.
Esta partícula age como uma onda de elétrons em um semimetal supergelado. Elas são encontradas como vibrações coletivas em materiais que se comportam e respondem exatamente como esta partícula faria.
Os pesquisadores explicam que decidiram procurar pela partícula na Terra pela possibilidade de controlar melhor aqui o ambiente experimental. “Você espera o evento acontecer e tenta detectá-lo. Eu acho que uma das coisas belas de aplicar esses conceitos de física de alta-energia em matéria condensada é que você consegue fazer muito mais”, aponta o co-autor Johannes Gooth, do instituto Max Planck (Alemanha).
A equipe de pesquisadores trabalhou com um semimetal Weyl, um material especial em que os elétrons se comportam como se não tivessem massa e também não interagem entre si. As ondas de vibrações que viajam pelos cristais são chamados de fônons. Gooth e seus colegas observaram fônons no cristal de elétrons que respondiam aos campos elétrico e magnético exatamente como os axônios são previstos.
“É encorajador ver que essas equações são tão naturais e convincentes que elas acontecem na natureza em pelo menos uma circunstância”, afirma o físico e vencedor do Nobel Frank Wilczek, a pessoa responsável por nomear o áxion em 1977. “Se soubermos que há alguns materiais que hospedam áxions, talvez o material que nós chamamos de espaço também abrigue áxions”, diz ele ao Live Science. Wilczek não está envolvido na pesquisa recente.

Créditos: Hypescience

DESCOBERTOS SINAIS DA EXISTÊNCIA DE UMA 5ª FORÇA DA NATUREZA

De acordo com um estudo recém-publicado por cientistas do Instituto de Pesquisas Nucleares da Hungria, o time encontrou evidências da existência de uma 5ª força fundamental da natureza – uma além das 4 já conhecidas, ou seja, a gravidade, o eletromagnetismo, a força nuclear forte e a força nuclear fraca. A pesquisa ainda precisa passar pelo exigente crivo da comunidade científica, mas, se os físicos húngaros estiverem certos, sua descoberta pode ter consequências dramáticas e mudar o nosso entendimento sobre o Universo.
Na realidade, cientistas do mesmo instituto anunciaram há alguns anos que tinham encontrado vestígios de uma 5ª força de interação ao estudar a degradação de um isótopo radioativo – o berílio-8. Na ocasião, os pesquisadores conduziram experimentos para observar como o isótopo emitia luz conforme se decompunha, mas, no lugar de o elemento se comportar como esperado, algo bem estranho ocorreu durante os testes.
Segundo explicou Attila Krasznahorkay, o cientista que lidera a equipe, o esperado é que, quando a luz emitida é energética o suficiente, ela se converta em um elétron e um pósitron que, por sua vez, se repelem – apresentando um ângulo que os pesquisadores conseguem estimar.
Mais especificamente, com base na Lei de Conservação de Energia, conforme a energia de produção dessas 2 partículas aumenta, o ângulo entre elas deve diminuir. No entanto, o time de Attila observou exatamente o contrário nos testes, algo que não conseguiram explicar a partir do entendimento que se tem hoje da Física, indicando a interação de uma força da natureza desconhecida.
O detalhamento foi publicado no renomado periódico científico Physical Review Letters, em 2016 e, agora, os cientistas encontraram novas evidências dessa mesma força, desta vez ao realizar experimentos com átomos de hélio – e batizaram a partícula que hipoteticamente a contém de X17.
As evidências deverão ser examinadas e mais experimentos conduzidos, mas, se os dados estiverem corretos e os resultados forem replicados – confirmando a existência da 5ª força da natureza –, pode, por exemplo, que os físicos consigam, por fim, desvendar o mistério por trás da matéria escura. Aliás, se esse for mesmo o caso, há quem aposte que os húngaros levarão um Nobel por sua descoberta.

Créditos: Megacurioso

sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Cientistas “limpam” placa de Alzheimer utilizando apenas luz e som



Aglomerados de proteínas prejudiciais que interferem nas funções cerebrais foram parcialmente eliminados em camundongos usando apenas luz e som. Pesquisas lideradas pelo MIT encontraram luzes estroboscópicas e um zumbido baixo pode ser usado para recriar as ondas cerebrais perdidas na doença, que por sua vez removem a placa bacteriana e melhoram a função cognitiva em camundongos manipulados para exibir o comportamento semelhante ao de Alzheimer.
É como usar luz e som para acionar suas próprias ondas cerebrais para ajudar a combater a doença. Esta técnica ainda não foi clinicamente testada em humanos, por isso é muito cedo para ficar alegre – as ondas cerebrais são conhecidas por funcionarem de forma diferente em humanos e ratos.
Mas, se replicados, esses resultados iniciais indicam uma possível maneira barata e livre de drogas para tratar a forma comum de demência. Avançando em um estudo anterior que lançou luz 40 vezes por segundo nos olhos de camundongos geneticamente modificados tratados com sua versão da doença de Alzheimer, os pesquisadores acrescentaram sons de uma frequência similar e descobriram que melhorou dramaticamente seus resultados.
“Quando combinamos estimulação visual e auditiva por uma semana, vemos o envolvimento do córtex pré-frontal e uma redução muito dramática da amiloide”, diz Li-Huei Tsai, um dos pesquisadores do Instituto Picower de Aprendizado e Memória do MIT.
Vários anos atrás, Tsai descobriu que a luz, com uma frequência de cerca de 40 flashes por segundo, tinha benefícios semelhantes em ratos manipulados para criar amilóide nas células nervosas do cérebro.
“O resultado foi tão estonteante e tão robusto que demorou um pouco para a ideia se aprofundar, mas sabíamos que precisávamos descobrir uma maneira de experimentar a mesma coisa em humanos”, disse Tsai a Helen Thomson, da Nature.
O único problema era que esse efeito estava confinado a partes visuais do cérebro, faltando áreas-chave que contribuem para a formação e recuperação da memória.
Embora as aplicações práticas do método parecessem um pouco limitadas, os resultados apontavam para um modo de as oscilações ajudarem o cérebro a recuperar-se das garras da doença de Alzheimer.
À medida que os neurônios do nosso cérebro transmitem sinais, eles também geram ondas eletromagnéticas que ajudam a manter as regiões remotas em sincronia – as chamadas “ondas cerebrais”.
Um desses conjuntos de oscilações é definido como frequências gama, ondulando através do cérebro em torno de 30 a 90 ondas por segundo. Essas ondas cerebrais são mais ativas quando estamos prestando muita atenção, buscando nossas memórias para entender o que está acontecendo.
O estudo anterior de Tsai sugeriu que essas ondas gama são impedidas em indivíduos com Alzheimer e podem ter um papel fundamental na própria patologia.
A luz era apenas uma das maneiras de enganar as partes do cérebro para cantarolar na tecla da gama. Os sons também podem gerenciar isso em outras áreas. Em vez do grito estridente de ultra-som, Tsui usou um ruído muito menor de apenas 40 Hertz, um som apenas alto o suficiente para os humanos ouvirem.
A exposição de seus camundongos a apenas uma hora desse burburinho monótono todos os dias durante uma semana levou a uma queda significativa na quantidade de amilóide acumulada nas regiões auditivas, estimulando ao mesmo tempo as células da microglia e os vasos sangüíneos.
“O que demonstramos aqui é que podemos usar uma modalidade sensorial totalmente diferente para induzir oscilações gama no cérebro”, diz Tsai.
Funcionalmente, camundongos expostos ao tratamento tiveram melhor desempenho em uma série de tarefas cognitivas.
Descobrir novos mecanismos na forma como os sistemas nervosos eliminam o desperdício e sincronizam a atividade é um enorme passo à frente no desenvolvimento de tratamentos para todos os tipos de distúrbios neurológicos. Traduzir descobertas como essa para cérebros humanos exigirá mais trabalho, especialmente quando há potenciais contrastes em como as ondas gama aparecem nos ratos e nos cérebros humanos com Alzheimer.
Até agora, os primeiros testes de segurança mostraram que o processo parece não ter efeitos colaterais claros.

Créditos: SoCientífica

O mais novo país do mundo? Estado pode surgir em breve na Oceania

Após 20 anos de espera, os habitantes da ilha de Bougainville, na Oceania, poderão votar em referendo que definirá se a região se torna independente da Papua Nova Guiné. Caso as expectativas se confirmem, em meados de dezembro, Bougainville deve se tornar o 194º Estado independente do mundo.
"Estou muito feliz que o meu sonho de empoderar o povo de uma forma democraticamente apropriada foi realizado", disse o atual presidente da ilha, John Momis, ao jornal britânico The Guardian.
Durante duas semanas, os habitantes de Bougainville poderão votar. Os resultados do referendo devem ser anunciados em meados de dezembro. As expectativas são de vitória avassaladora da independência.
"É óbvio que as pessoas estão agora com vontade de comemorar, e eu vou me juntar a elas, uma vez que elas têm o direito de comemorar", acrescentou Momis.
A celebração do referendo é um desafio organizacional, uma vez que 90% da população vivem na zona rural.
A comunicação na ilha é escassa: não há rede de rádio ou televisão que atenda a toda a população, e somente cem cópias de jornais oriundos da Papua Nova Guiné chegam à ilha diariamente.
Do ponto de vista cultural, linguístico e geográfico, Bougainville é mais próximo do arquipélago vizinho das Ilhas Salomão do que da Papua Nova Guiné.
Bougainville tem cerca de 250.00 habitantes e 25 grupos de idiomas, espalhados por dez clãs diferentes, que praticam o matriarcado – o que os diferencia das práticas do país ao qual pertence atualmente.
A região se tornou parte da Papua Nova Guiné por "um dos acidentes" coloniais do fim do século XIX, notou o analista Anthony Reagan.
Bougainville tentou a independência pela primeira vez logo depois que a Papua Nova Guiné se separou da Austrália, em 1975.
Foi emitida uma "declaração unilateral de Independência da República das Salomão do Norte", mas Bougainville não obteve apoio da ONU em sua luta por soberania.
Em Paguna, nas montanhas centrais de Bougainville, está localizada uma das maiores minas de cobre e ouro do mundo. Operada por empresa local em parceira com a multinacional australiana Rio Tinto, as minas foram fonte vital de recursos para Papua Nova Guiné entre as décadas de 70 e 80, gerando 44% das divisas do país.
"Quero nos ver produzindo nossos próprios produtos. Temos toneladas de recursos naturais, boas terras e ótimos fazendeiros, então precisamos tomar posse disso, a começar por essa votação", disse o habitante da ilha Moses Seropa, que participou do referendo no sábado (23).
A exploração da mina, no entanto, trouxe sérias consequências ambientais e sociais, além de poucos recursos para a população local.
Grave crise em torno da exploração da riqueza levou a uma guerra civil, em 1988, caracterizada como "o mais letal, sanguinário e destrutivo conflito no Pacífico Sul desde a Segunda Guerra Mundial", segundo John Momis.
Em 2001, como parte do processo de paz que pôs fim às hostilidades, um referendo foi prometido ao povo de Bougainville, para que pudessem optar pela independência da Papua Nova Guiné ou por maior autonomia.
O referendo está sendo celebrado desde sábado (23) e está previsto para encerrar no dia 7 de dezembro de 2019. Os resultados devem ser divulgados em meados do mês de dezembro.

Créditos: Sputnik News

HUMANOS SÃO COLOCADOS EM ESTADO DE ANIMAÇÃO SUSPENSA PELA 1ª VEZ

Médicos de um pronto-socorro em Baltimore, EUA, estão colocando em prática os primeiros casos de "animação suspensa", ou “preservação e ressuscitação emergencial” (EPR, de “emergency preservation and resuscitation”), para tratar pacientes em casos mais graves e urgentes. A proposta foi apresentada em um estudo da Universidade de Maryland e a notícia do tratamento foi revelada em um simpósio na Academia de Ciências de Nova York, na última semana.
A sugestão clínica revolucionária é mais um grande passo que a medicina encaminha para o futuro e para a eficácia do atendimento e sucesso cirúrgico em casos de traumas mais graves e, até mesmo, paradas cardíacas. O processo de "animação suspensa" trata-se da injeção de um soro congelante diretamente na artéria aorta do paciente, resfriando-a à uma temperatura de 10ºC a 15ºC e permitindo, dessa maneira, que a equipe médica ganhe mais tempo para salvá-lo, algo em torno de 2h a mais.
O EPR desacelera os processos fisiológicos e a atividade cerebral do organismo sem colocá-lo em risco de morte e é monitorado apenas por meios externos. Essencialmente desenvolvido para que se ganhe mais tempo de tratamento, a "animação suspensa" não interfere nas trocas de gases e na manutenção dos processos celulares e involuntários, já que estes precisam do oxigênio para se manter. Porém, com a desaceleração das funcionalidades do corpo, ocorre um consumo menor de oxigênio, privando o corpo de um estado de urgência e levando-o a um estado de "dormência".
Samuel Tisherman, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Maryland, revelou em conferência que quer manter a ficção científica distante dos estudos com pacientes humanos, mesmo afirmando que o congelamento corporal realmente ocorre. "Achamos que era hora de levar isso para nossos pacientes”, afirmou Tisherman. “Quando pudermos provar que nossa técnica funciona, podemos expandir a utilidade desse método, ajudando pacientes que de outra forma não sobreviveriam.”
Inicialmente, o processo foi testado em porcos, mostrando que os animais voltaram à vida sem efeitos colaterais após o procedimento, cerca de 3 horas depois. Tisherman também confirmou que sua equipe já testou o EPR em mais de uma pessoa, mas os resultados em humanos ainda não foram revelados.

Créditos: Megacurioso

Meteorito de 4,6 bilhões de anos possui fósseis primitivos de gelo

Após analisar fósseis de gelo de um meteorito primitivo, pesquisadores conseguiram vislumbrar como era o sistema solar há cerca de 4,6 bilhões de anos. Estudar a composição da rocha espacial antiga poderia fornecer pistas sobre a formação de grandes objetos cósmicos, como planetas, luas e asteróides.
O meteorito estudado chama-se Acfer 094, que conseguiram obter após ele ter caído em 1990 no deserto do Saara, na Argélia. Ao estudar Acfer 094, o grupo de pesquisadores encontrou vestígios de fósseis de gelo. Devido à idade e origem do meteorito primitivo, os cientistas acreditam que os fósseis de gelo contêm elementos que podem ser considerados como os blocos de construção de planetas e outros grandes objetos cósmicos.
“Tenho olhado para a matriz dos meteoritos primitivos, o material que mantém a estrutura unida”, disse Epifano Vaccaro, co-autor do estudo e curador do Museu de História Natural de Londres, em um comunicado.
“O meteorito em questão data de aproximadamente 4,6 bilhões de anos atrás, quando o Sol nasceu e nosso sistema solar se formou”, continuou ele. “A matriz destes meteoritos é, portanto, pensado para ser o material a partir do qual todos os planetas se formaram.
Meteoritos primitivos como o Acfer 094 foram muito provavelmente moldados pela força gravitacional de uma estrela recém-nascida através de gás e vários elementos do seu ambiente, segundo os cientistas. Isso criou um disco giratório composto de vários materiais, incluindo hidrogênio, silicatos, ferro e gelo.
À medida que esses materiais giravam em torno da estrela, eles começaram a coalescer até se tornarem objetos cósmicos maiores. Os cientistas acreditam que os fósseis de gelo dentro desses meteoritos primitivos contêm vestígios dos primeiros materiais que se fundiram para formar planetas e outros corpos cósmicos.
De acordo com Vaccarro, estudar meteoritos primitivos como Acfer 094 proporciona uma oportunidade única para identificar o tipo de materiais que existiam durante os estágios iniciais do Sistema Solar.

Créditos: SoCientífica

E se a Terra fosse plana?

O mundo é redondo e todo mundo sabe disso há milhares de anos.
Como se não bastasse toda a evidência científica (e até fotográfica, depois que os primeiros satélites foram lançados), no entanto, um grupo de pessoas (que bizarramente tem crescido e ficado mais popular nos últimos tempos) insiste em não “acreditar” no que elas chamam de “conspiração”. Para os chamados terraplanistas, o planeta é na verdade plano.
Da próxima vez que você se deparar com uma dessas curiosas criaturas, dê a ela a resposta que merece: “se a Terra fosse mesmo plana, querida, você não estaria viva”.
Desde a década de 1850 sabemos que planetas planos são impossíveis. Foi nesse período que o astrônomo James Clerk Maxwell demonstrou matematicamente que um planeta em formato de disco não é estável no cosmos.
De acordo com o cientista planetário David Stevenson, do Instituto de Tecnologia da Califórnia (EUA), se a Terra fosse um disco chato ao invés de uma esfera, teria que girar muito rápido, o que a rasgaria em milhões de partículas.
A gravidade puxa os objetos igualmente de todos os lados, o que explica por que os planetas são esferas (ou quase isso). Sob as condições reais de gravidade, é simplesmente impraticável existir um planeta plano.
E, sem gravidade, não teríamos atmosfera, marés e nem mesmo a Lua. Aliás, não teríamos a estrutura de camadas da Terra (crosta, manto e núcleo). As placas tectônicas também não funcionariam. Ou seja, nada existiria, muito menos os seres humanos.
Um terraplanista, ao tentar defender sua idéia, vai provavelmente soltar um monte de asneiras nada científicas como “explicações alternativas” para as nossas observações do mundo real.
O problema é que elas muitas vezes parecem sérias – frequentemente envolvem escolhas aleatórias de hipóteses científicas reais aplicadas a fenômenos diferentes.
Por exemplo, sabemos que tanto a Terra quanto a Lua são esféricas por causa da gravidade. Terraplanistas precisam inventar explicações diferentes e independentes para cada caso para comprovar sua teoria e, embora elas pareçam possíveis, são muitas vezes contraditórias. A ciência não funciona assim.
“Se pudermos explicar mil observações com uma teoria, uma teoria simples, é melhor do que explicar mil observações com mil teorias”, resume James Davis, geofísico da Universidade de Columbia (EUA).
Dito isso, é provável que alguém que realmente pense que a Terra é plana (e que portanto crê que milhares de cientistas do mundo todo estão envolvidos em uma conspiração maciça por absolutamente nenhum bom motivo) não vá dar bola para esse tipo de fato. Sendo esse o caso, se afaste; vai que é contagiante…

Créditos: Hypescience

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

MACACOS ANDARAM COM OS DOIS PÉS ANTES DOS SERES HUMANOS

Cientistas encontraram o fóssil de um macaco que pode indicar que os primatas ficaram eretos bem antes do que se imaginava. A descoberta, que aconteceu na Baviera, sul da Alemanha, aponta que espécies desconhecidas tinham não só a capacidade de escalar, mas também conseguiam andar em duas pernas.
Segundo a líder da pesquisa, Madelaine Boehme, da Universidade de Tuebingen, na Alemanha, tais achados "levantam questões fundamentais sobre nossa compreensão anterior da evolução dos grandes símios e humanos".
Após analisar mais de 15 mil fósseis de macacos que foram encontrados em um local chamado Hammerschmiede, próximo da cidade de Munique, Boehme, que contou com o auxílio de pesquisadores de outros países, conseguiu encontrar ossos bem conservados de quatro seres que, segundo estimativa, habitaram o planeta há 11,62 milhões de anos. A espécie desconhecida, que recebeu o nome de Danuvius guggenmosi, ao que tudo indica, já tinha a habilidade de andar em dois pés, mesmo ainda tendo um polegar opositor nos pés para ajudar em escaladas.
O item mais importante encontrado foi a ossada de um ser adulto que possui vários traços semelhantes aos bonobos modernos, com aproximadamente 1 metro de altura e que devia pesar algo próximo a 31 quilos. Segundo o artigo, que foi publicado pela revista Nature, vários ossos possuem alguma semelhança com os ossos humanos, apontando para a hipótese de que, de acordo com a pesquisadora, “isso muda nossa visão da evolução humana precoce de que tudo aconteceu na África”
Esses fósseis ainda passarão por muitos outros estudos e reanálises, que provavelmente causarão alguma inquietação no meio acadêmico.

Créditos: Megacurioso

Quem mexe primeiro: As placas tectônicas ou o manto?

As placas tectônicas se movem por causa do movimento do manto da Terra ou o manto é impulsionado pelo movimento das placas? Ou será que a pergunta está mal colocada?
Para os geólogos, isso é parecido com o problema do ovo e da galinha: O manto aparentemente faz com que as placas se movam, devido às suas correntes de convecção, enquanto, por sua vez, as placas tectônicas conduzem o manto conforme suas bordas frias afundam nas zonas de subducção.
Para tentar lançar uma luz sobre as forças em ação nesse movimento, uma equipe da França, Itália e EUA tratou a Terra sólida como um único sistema indivisível e realizou a modelagem mais abrangente até o momento da evolução de um planeta fictício muito semelhante à Terra - apenas semelhante porque é difícil encontrar os parâmetros apropriados, mais ainda seus valores precisos.
Então, eles passaram nove meses resolvendo o conjunto de equações com um supercomputador, reconstruindo a evolução do planeta por um período de 1,5 bilhão de anos.
Usando o modelo, a equipe mostrou que dois terços da superfície da Terra se movem mais rápido que o manto subjacente. Em outras palavras, é a superfície que arrasta o interior, enquanto no terço restante os papéis se invertem.
Além disso, esse equilíbrio de forças muda com o tempo geológico, especialmente nos continentes, que são arrastados principalmente por movimentos profundos no manto durante as fases de construção de um supercontinente, como na colisão em curso entre a Índia e a Ásia. Nesses casos, o movimento observado na superfície pode fornecer informações sobre a dinâmica do manto profundo.
Por outro lado, quando um supercontinente se rompe, o movimento é impulsionado principalmente pelo movimento das placas tectônicas, à medida que elas afundam no manto.
Segundo a equipe, os dados podem ajudar a entender como as cordilheiras do meio do oceano se formam e desaparecem, como a subducção é desencadeada ou o que determina a localização das plumas que causam grandes derramamentos vulcânicos.

Créditos: Inovação Tecnológica

SALIVA NÃO MATA A SEDE, E O MOTIVO É SIMPLES. SAIBA POR QUÊ

Você produz de um a dois litros por dia – e grande parte fica no seu travesseiro, fala a verdade. Estamos falando da saliva! Dentro de suas bochechas, duas glândulas são responsáveis por toda essa baba, que, em 70 anos, poderia, inclusive, encher uma piscina.
Você já conferiu 5 curiosidades sobre o “produto”, mas uma pergunta ainda precisa ser respondida. Afinal, por que é que saliva não mata a sede? Em entrevista ao Life Science, o Dr. Len Horovitz, de Nova York, trouxe a resposta.
Apesar de ser composta por 98% de água, ela é um fluido concentrado repleto de enzimas e proteínas. Quanto mais concentrada a substância, mais difícil é o processo de absorção pelo corpo – o que exige uma quantidade maior de água para o processo de osmose, levando, consequentemente, à desidratação.
Sabe aquela sede que só pode ser saciada com um copo de água bem gelado? Isso acontece justamente porque, ao tomá-la, o trabalho de absorção é muito menor. As células desidratadas é que são beneficiadas e recebem a água, não havendo mais perda de líquido para o “preparo” do que foi ingerido. Resumindo: a saliva não é líquida o suficiente para matar a sede.
É preciso lembrar que, quanto mais sede temos, mais concentrada fica a saliva. Nosso corpo é feito de substâncias salinas – e é justo que elas sejam repostas, certo? Quando o sistema fica “descompensado”, o organismo acaba ficando com menos água para “desperdiçar” com outros processos, como a produção de saliva. Até mesmo a urina fica mais escura na desidratação devido ao mesmo motivo.
Outros fluidos mais concentrados que a saliva são o sangue e o pus. Tirando vampiros, que se alimentam muito bem de fluido, obrigado, infelizmente a saliva não é a solução para a escassez de água potável no mundo. Entretanto, ela é extremamente importante. Além de lubrificar os alimentos para facilitar a mastigação e a digestão, suas enzimas ajudam a quebrar carboidratos, gorduras e proteínas. É também uma poderosa substância antibacteriana.
Agora você sabe por que acorda com tanta sede mesmo babando tanto durante a noite, não é?

Créditos: Megacurioso

O misterioso “Monstro Tully” acaba de ficar ainda mais esquisito



    Um fóssil de 300 mil anos descoberto na década de 1950 no estado de Illinois (EUA) tem gerado muitas discussões entre cientistas. Batizado de Tullimonstrum, ou Monstro Tully, ele se parece com uma lesma. Mas ao invés de ter uma abertura bucal ele tem um apêndice com duas garras, e seus olhos são saltados.
    Tully é tão estranho que os especialistas nem conseguem entrar em consenso se ele é um vertebrado ou um invertebrado. Em 2016, um grupo de cientistas afirmou ter resolvido o mistério de Tully, fornecendo a evidência mais forte até então de que ele era um vertebrado.
    Mas um segundo estudo de outra equipe de pesquisadores questiona esses resultados. O estudo de 2016 defende que o fóssil é de vertebrado porque seus olhos contêm pigmentos granulados chamados melanosomas, que são organizados por formato e tamanho da mesma forma que acontece nos olhos dos vertebrados.
    Já o segundo estudo mostrou que os olhos de alguns invertebrados como o polvo e a lula também contém melanosomas com formato e tamanho semelhantes aos encontrados nos olhos de Tully.
    “Analisamos então a composição química dos olhos de Tully e a proporção de zinco para cobre era mais parecida com aquela de invertebrados do que vertebrados. Isso sugere que o animal pode não ter sido um vertebrado, contradizendo esforços anteriores de classificação”, diz o autor do estudo mais recente, Chris Rogers, em relato publicado no The Conversarion.
    Os pesquisadores também identificaram o cobre dos olhos do fóssil como de um tipo diferente do encontrado nos olhos dos vertebrados. Mas o cobre também não era idêntico aos invertebrados estudados.
    Para responder de uma vez por todas que tipo de grupo de animais pertence Tully, os pesquisadores propõem que uma análise mais extensa das substâncias químicas dos melanosomas e outros pigmentos nos olhos de invertebrados.
    O Monstro Tully tem este nome porque foi descoberto pelo colecionador de fósseis Francis Tully. O fóssil é tão popular na região que foi eleito o fóssil-símbolo do estado de Illinois.

    Créditos: Hypescience

    terça-feira, 5 de novembro de 2019

    Adivinhe quanto tempo você leva para reconhecer uma música. Errou!

    Quanto tempo você acha que seu cérebro demora para reconhecer uma música familiar? Já adianto: é menos do que você espera.
    Imagino que você pensa que leva alguns segundos ouvindo aquela canção que você adora no rádio para saber de qual se trata, mas, na verdade, segundo um estudo da Universidade College London (Reino Unido), seu cérebro precisa de menos de um único segundo.
    Cinco homens e cinco mulheres participaram do estudo. Cada um informou cinco músicas familiares a eles.
    Os pesquisadores, em seguida, escolheram uma das músicas para cada participantes, bem como procuraram uma segunda canção similar em ritmo, melodia, harmonia, vocais e instrumentação que não fosse familiar aos indivíduos.
    Na próxima etapa, os participantes escutaram 100 pedaços de canções familiares e não familiares com menos de um segundo, em ordem aleatória.
    Para medir sua resposta aos trechos, os cientistas utilizaram eletroencefalografia, que registra a atividade elétrica do cérebro, bem pupilometria, uma técnica que mede o diâmetro da pupila e é uma medida conhecida do nível de excitação de um indivíduo.
    As medidas indicaram que o cérebro humano precisa de apenas 100 microssegundos de som para reconhecer uma música familiar.
    O tempo médio de reconhecimento foi de 100 a 300 microssegundos, conforme revelado pela dilatação rápida da pupila (ligada à excitação de ouvir uma canção conhecida) e pela ativação cortical do cérebro (área relacionada à memória).
    Um grupo de controle de estudantes internacionais que não conhecia nenhuma das canções tocadas mostrou que não houve diferenças entre os trechos que eles ouviram, confirmando os resultados.
    “Nossos resultados demonstram que o reconhecimento de músicas familiares acontece notavelmente rapidamente. Essas descobertas apontam para circuitos temporais muito rápidos e são consistentes com o domínio profundo que peças de música altamente familiares têm em nossa memória”, conclui a principal autora do estudo, a professora do Instituto do Ouvido da Universidade College London Maria Chait.

    Créditos: Hypescience

    Este pedaço de colar de 40.000 anos não foi feito pelos humanos

    As garras da águia são consideradas como os primeiros elementos usados pelos Neandertais para fazer jóias, uma prática que se espalhou pelo sul da Europa há cerca de 120.000 a 40.000 anos. Agora, pela primeira vez, os pesquisadores encontraram evidências dos usos ornamentais das garras de águia na Península Ibérica.
    Um artigo publicado na capa da revista Science Advances fala sobre as descobertas, que se realizaram no sítio arqueológico da Cave Foradada, em Calafell. O estudo foi liderado por Antonio Rodríguez-Hidalgo, pesquisador do Instituto de Evolução na África (IDEA) e membro da equipe de pesquisa em um projeto do Seminário de Estudos Pré-históricos e Pesquisa (SERP) da UB.
    O interesse nestes resultados reside no fato de que é a peça mais moderna do gênero até agora em relação ao período Neandertal e a primeira encontrada na Península Ibérica. Esta descoberta alarga os limites temporais e geográficos estimados para este tipo de ornamentos de Neandertal. Este seria “o último colar feito pelos Neandertais”, segundo Antonio Rodríguez-Hidalgo.
    “Os neandertais usaram garras de águia como elementos simbólicos, provavelmente como pingentes de colar, desde o início do Paleolítico Médio”, observa Antonio Rodríguez-Hidalgo. Em particular, o que os pesquisadores encontraram em Cova Foradada são restos de ossos de uma águia imperial espanhola (Aquila Adalberti), de mais de 39.000 anos atrás, com algumas marcas que mostram que estes foram usados para tomar as garras para fazer pingentes. Os restos correspondem à perna esquerda de uma grande águia. Pela aparência das marcas, e analogia com os restos mortais de diferentes sítios pré-históricos e documentação etnográfica, os pesquisadores determinaram que o animal não era usado para consumo, mas por razões simbólicas. As garras de águia são os elementos ornamentais mais antigos conhecidos na Europa, ainda mais antigos que as conchas do mar perfuradas pelos Homo sapiens sapiens no norte da África.
    Os achados pertencem à cultura Châtelperroniana, típica dos últimos Neandertais que viveram na Europa, e coincidem com o momento em que esta espécie entrou em contato com o Homo sapiens sapiens da África e se espalhou pelo Oriente Médio.Garras de águia imperial. Crédito: Antonio Rodríguez-Hidalgo
    Juan Ignacio Morales, pesquisador do programa Juan de la Cierva afiliado ao SERP e autor do artigo, sugere que este uso de garras de águia como ornamentos poderia ter sido uma transmissão cultural dos Neandertais aos humanos modernos, que adotaram esta prática depois de chegar à Europa.
    Cova Foradada abrange o sítio mais meridional da cultura Châtelperroniana na Europa. A descoberta envolveu uma mudança no mapa do território onde a mudança do Paleolítico Médio para o Paleolítico Superior ocorreu há 40.000 anos, e onde a interação entre Neandertais e Homo sapiens sapiens provavelmente ocorreu.
    Os estudos na Cova Foradada começaram em 1997. No momento, a supervisão da escavação é conduzida por Juan Ignacio Morales e Artur Cebrià. O estudo arqueológico deste sítio está incluído num projeto SERP financiado pelo Departamento de Cultura do Governo Catalão e outro financiado pelo Ministério da Ciência, Inovação e Universidades, liderado pelo professor da UB e diretor do SERP Josep M Fullola.

    Créditos: Socientífica

    Se prepare para evento astronômico que não voltará a se repetir até 2023

    Na próxima segunda-feira (11), Mercúrio passará entre a Terra e o Sol e, desta forma, será protagonista de um raro evento astronômico que não se repetirá em 13 anos.
    Durante o espetáculo, que durará cerca de cinco horas e meia, Mercúrio será visível como um ponto preto movendo-se em frente ao Sol. No entanto, o pequeno tamanho deste planeta torna impossível desfrutar do evento sem o uso de binóculos ou telescópios de filtro solar.
    Entretanto, a empresa meteorológica AccuWeather detalhou que eventos como este ocorrem "aproximadamente 13 vezes a cada 100 anos" e indicou que o próximo só se registrará em 13 de novembro de 2032.
    Neste ano, o fenômeno será observado em quase todos os lugares da América do Norte e do Sul, e também na Europa, África e Sudoeste Asiático.
    "Da nossa perspectiva terrestre, só podemos ver como Mercúrio e Vênus passam em frente ao Sol, é por isso que é um evento raro que você não vai querer perder", proferiu a NASA em uma declaração.
    Os especialistas recordam que a observação direta do Sol sem equipamento de proteção especial pode causar danos aos olhos, bem como levar à perda de visão.

    Créditos: Imagens do Universo

    Confirmado: Animais Fantásticos 3 será ambientado no Brasil

    Após vários boatos de que o terceiro filme de Animais Fantásticos seria passado no Brasil, finalmente o Wizarding World (o portal oficial de notícias relacionado ao mundo de Harry Potter) confirmou: os bruxos irão para o Rio de Janeiro na próxima aventura.
    Cada um dos filmes da franquia se passou em um lugar, sendo o primeiro em Nova York, nos Estados Unidos, e o segundo em Paris, na França.
    Os fãs já esperavam por isso desde 2018, quando J.K. Rowling colocou uma imagem do Rio de Janeiro na década de 1930 em seu Twitter. A escritora ainda comentou que era estranho ter escrito o nome da cidade errado — ela twittou Rio da Janeiro — considerando que ela estava escrevendo com frequência nos últimos meses.
    Além de anunciar o local da história, o Wizarding World divulgou que muitos dos personagens estarão de volta: Eddie Redmayne como Newt Scamander, Jude Law como Alvo Dumbledore e Johnny Depp como Gellert Grindelwald. Também voltam Ezra Miller (Credence), Alison Sudol (Queenie Goldstein), Dan Fogler (Jacob Kowalski) e Katherine Waterston (Tina Goldstein).
    Depois de aparecer em Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald, Jessica Williams terá um papel maior neste filme como a professora Lally Hicks, da Escola de Magia e Bruxaria de Ilvermorny — a versão norte-americana de Hogwarts.
    O filme será novamente dirigido por David Yates, que trabalhou nos quatro últimos filmes de Harry Potter e nos dois primeiros de Animais Fantásticos. O roteiro será escrito por JK Rowling e Steve Kloves.
    O terceiro filme de Animais Fantásticos ainda não tem um nome confirmado, mas começará a ser produzido em 2020 e lançado em 12 de novembro de 2021.

    Créditos: Galileu

    domingo, 3 de novembro de 2019

    Agora sabemos quais forças movem as placas tectônicas




    As placas tectônicas se movem por causa dos movimentos no manto da Terra ou o manto é causado pelo deslocamento das placas? Essa era uma pergunta que gerava grande dor de cabeça para os geólogos. Essa questão ficou insolúvel por séculos, mas agora, uma equipe de cientistas reconsiderou todo o esquema e, de acordo com suas simulações, é principalmente a superfície que impõe seu estilo ao manto, mesmo que o equilíbrio de forças evolua ao ritmo dos supercontinentes.
    Para revelar as forças em ação, cientistas do Laboratório de Geologia da École normale supérieure (CNRS/ENS – PSL), do Instituto de Ciências da Terra (CNRS/Universidades Grenoble Alpes e Savoie Mont Blanc/IRD/Ifsttar) e da Universidade de Roma trataram a Terra sólida como um único sistema indivisível e realizaram a modelagem mais completa feita até hoje da evolução de um planeta ficcional muito semelhante à Terra. Os resultados do seu estudo estão publicados na Science Advances.
    Os pesquisadores precisaram ser muito pacientes para encontrar os parâmetros corretos, e então resolver um sistema de equações por 9 meses em um supercomputador, reproduzindo 1,5 bilhão de anos de evolução do Planeta.
    A animação mostra a ruptura de um supercontinente num modelo digital da dinâmica da Terra, em que 1 segundo equivale a 10 milhões de anos. À esquerda, é possível observar o planeta fictício modelado que se parece muito com a Terra: sua superfície e seu manto se movem espontaneamente, em velocidades próximas às observadas na Terra. A divisão das “placas” também é muito semelhante, assim como a topografia: os tons vermelhos representam as áreas rasas dos oceanos (cristas) e o azul indica o mar profundo. As partes azuis mais escuras correspondem aos poços de subducção (onde uma placa mergulha no manto). Os continentes estão em branco translúcido. À direita, correntes quentes do fundo do manto.
    Usando este modelo, a equipe mostrou que dois terços da superfície da Terra se move mais rápido do que o manto subjacente, ou seja, a superfície puxa de dentro para fora, e os papéis são invertidos no terço restante. Este equilíbrio de poder evoluiu ao longo da história geológica, particularmente para os continentes. Estes são impulsionados principalmente pelos movimentos profundos do manto durante as fases de construção de um supercontinente, como a atual colisão entre Índia e Ásia: nestes casos, os movimentos observados na superfície podem, portanto, nos fornecer informações sobre a dinâmica do manto profundo.
    Este cálculo representa uma riqueza de informação que ainda está em grande parte inexplorada. Os dados obtidos podem ajudar a entender como as cristas nascem e desaparecem, como a subducção é iniciada ou o que determina a localização das plumas que causam grandes libertações vulcânicas.

    Créditos: Socientífica

    Em Pompeia, estradas eram consertadas com ferro fundido

    A antiga cidade de Pompeia permaneceu quase congelada no tempo sob as cinzas do Vesúvio, atualmente, ela fornece muitos insights sobre a sociedade, economia e cultura de Roma. Um estudo recente do seu sistema viário, no entanto, forneceu uma visão ainda mais fascinante. Os romanos repararam estradas com minério de ferro fundido no século I d.C..
    Os pesquisadores descobriram que as estradas estreitas que são pavimentadas com pedras se tornaram rotundas e esburacadas ao longo do tempo. Aparentemente, as carroças e vagões pesados cortavam sulcos profundos nas estradas, ao longo de vários anos. O mau estado de conservação das estradas teria as tornado perigosas e difíceis de percorrer. Um sistema de transporte pobre teria sido péssimo para a economia local e teria perturbado a vida diária.
    Ao observarem que havia uma grande quantidade de gotículas de ferro, respingos e manchas encontradas nas ruas de Pompeia os pesquisadores então se concentraram na realização de um levantamento dos restos de ferro nas ruas da cidade. Eles se depararam com uma grande surpresa: 434 casos de manchas sólidas de ferro foram encontradas entre as pedras de pavimentação, segundo o American Journal of Archaeology. Logo se tornou evidente que, antes da erupção do Vesúvio, os cidadãos de Pompéia tinham usado ferro fundido para reparar as estradas.
    Esta foi uma descoberta emocionante porque ninguém esperava que os romanos tivessem usado metal fundido para reparar as suas estradas. A pesquisa provou pela primeira vez que os romanos usaram esta engenhosa técnica de reparação de estradas. Os pesquisadores acreditam que o uso de ferro fundido foi ideal para a fixação das estradas de roteirização na antiga Pompeia.
    O estudo descobriu que eles aqueciam ferro e o despejavam nos buracos e sulcos da estrada. Uma vez endurecido o minério fundido, as estradas poderiam até ser usadas por carroças pesadas. Os pesquisadores encontraram evidências de que peças de cerâmica também eram usadas como enchimento para preencher os buracos e sulcos. Segundo os especialistas este método de reparo era mais barato e rápido do que repavimentar uma estrada.
    Um grande mistério é como os romanos foram capazes de aplicar o minério derretido liquefeito nas ruas. Eles teriam precisariam aquecer o ferro ou de ferro entre 1100 e 1600 graus célsius. Com base em recriações de fundições, os especialistas acreditam que os romanos tinham a tecnologia para produzir a alta temperatura necessária. No entanto, este método de reparação das estradas muitas vezes deixou marcas desagradáveis de ferro nas ruas com base nos resultados do estudo. Os pesquisadores descobriram que os reparos com minério liquefeito estavam sendo realizados pouco antes da destruição da cidade.
    A Itália romana era uma sociedade que foi construída sobre a escravidão no século 1 ST AD. Parece provável que escravos especialmente treinados teriam sido empregados para derreter o minério de ferro e despejar o metal aquecido nos buracos que se desenvolveram nas ruas. Eles teriam que carregar o minério e despejá-lo no pavimento de pedra danificado. Este era um trabalho muito perigoso, mas os escravos eram considerados abundantes e dispensáveis.
    Os pesquisadores continuam o seu estudo e estão atualmente realizando testes do ferro para determinar sua origem. Este estudo está demonstrando as grandes habilidades práticas dos romanos, que foi um dos fatores que lhes permitiu conquistar e manter um vasto império. A pesquisa também mostra que a antiga Pompéia desenvolveu um sistema de reparação de estradas que era possivelmente mais eficiente do que muitos municípios modernos.

    Créditos: Socientífica

    sábado, 2 de novembro de 2019

    A qual velocidade o sangue percorre o corpo humano?

    Tudo começa no coração. Em média, um coração humano bate 2,5 bilhões de vezes durante a vida e bombeia cerca de 150 milhões de litros de sangue. É ele também que determina o ritmo em que o sangue circulará pelo corpo. Se você estiver em repouso, ele levará em média um minuto para percorrer o labirinto das artérias e veias. Já quando você faz exercícios ou leva um susto, as células demandam mais oxigênio, por isso, o coração acelera e com ele a circulação também passa a ter outro ritmo.
    A velocidade que o sangue atinge também depende da parte do sistema circulatório em que ele está. Por exemplo, em grandes artérias ele atinge 1,5 km/h, já em vasos menores a velocidade cai para um milésimo disso.

    Veja mais alguns números dessa máquina incrível:
    • O coração bate em média 100 mil vezes por dia e bombeia mais ou menos 7,5 mil litros de sangue;
    • Cada batimento do coração bombeia cerca de 70 ml de sangue;
    • Em média, viajam continuamente pelo corpo 5 litros de sangue;
    • Quando os nossos ancestrais passaram a ser bípedes e ter uma postura ereta, a distância do coração ao pé aumentou em 50%. Além disso, o sangue passou a ter que subir 1,5 metro contra a gravidade e isso só foi (e ainda é) possível com a ajuda dos pulmões.

    Créditos: Megacurioso

    Robôs montadores fazem grandes estruturas usando pequenas peças

    Ainda não chegamos nem perto dos microrrobôs do filme Big Hero, mas as primeiras versões já conseguem ensaiar a montagem de estruturas de porte maior do que os próprios robôs.
    Além disso, os robôs podem se unir em equipes para construir estruturas maiores.
    O objetivo de longo prazo de Benjamin Jenett e Neil Gershenfeld, do MIT, nos EUA, é que robôs simples possam ser capazes de montar qualquer equipamento, de máquinas a aviões, e até mesmo aldeias espaciais na Lua ou em Marte.
    "O que está no coração disso é um novo tipo de robótica, que chamamos de robôs relativos," disse Gershenfeld.
    Historicamente, explica ele, existem duas grandes categorias na robótica - aqueles feitos com componentes personalizados e caros, que são cuidadosamente otimizados para aplicações específicas, como os robôs industriais para montagens nas fábricas, e aqueles feitas com módulos de produção em massa de baixo custo, mas com desempenho muito inferior.
    Este novo conceito de robô é uma alternativa para ambos. Os robôs são muito mais simples do que aqueles da primeira categoria, mas muito mais capazes que os da segunda categoria. A nova abordagem estabelece uma estreita relação entre o dispositivo robótico e os materiais que ele deve manipular. "Você não pode separar o robô da estrutura - eles funcionam juntos como um sistema," descreve Gershenfeld.
    Por exemplo, enquanto a maioria dos robôs móveis exige sistemas de navegação altamente precisos para rastrear sua posição, os novos robôs montadores precisam apenas monitorar onde eles estão em relação às pequenas subunidades, chamadas vóxeis, nas quais estão trabalhando. Toda vez que o robô dá um passo para o próximo vóxel, ele reajusta sua informação de posição, sempre em relação aos componentes específicos em que está no momento.
    A visão é que, assim como a mais complexa das imagens pode ser reproduzida usando uma matriz de píxeis na tela, praticamente qualquer objeto físico pode ser recriado como uma matriz de peças tridimensionais menores, ou vóxeis. E esses vóxeis, que são como píxeis 3D, podem ser reproduzidos por eles mesmos, uns construindo outros.
    Cada unidade é magrela, composta em grande parte de espaço aberto, para que o peso geral da estrutura seja minimizado. As unidades podem ser capturadas e colocadas em posições próximas umas das outras pelos montadores simples, e depois fixadas entre si usando sistemas de travamento incorporados em cada vóxel.
    Cada robô se parece com um pequeno braço, com dois segmentos longos articulados no meio e dispositivos em cada extremidade para se prender aos vóxeis. Eles se movem como minhocas, avançando ao longo de uma fileira de vóxeis, abrindo e fechando repetidamente seus corpos em forma de V para passar de um para o outro.
    Jenett construiu várias versões dos montadores como prova de conceito, juntamente com os projetos de vóxeis correspondentes, com mecanismos de travamento para conectar ou desconectar facilmente cada um de seus vizinhos. Ele usou esses protótipos para demonstrar a montagem dos blocos em estruturas lineares, bidimensionais e tridimensionais.
    "Não estamos colocando a precisão no robô; a precisão vem da estrutura à medida que ela gradualmente toma forma," diz o pesquisador. "Isso é diferente de todos os outros robôs. Eles só precisam saber onde dar o próximo passo."
    Quando otimizado e desenvolvido, este conceito poderá ser usado para construir prédios inteiros, especialmente em ambientes inóspitos, como no espaço, defende Gershenfeld, eliminando a necessidade de enviar grandes naves com estruturas pré-montadas.

    Créditos: Inovação Tecnológica

    Primeira foto do espaço completou 73 anos

    A Segunda Guerra Mundial estava chegando ao fim quando, em 24 de outubro de 1946, o míssil V2 foi requisitado para fazer a primeira foto do espaço. Foi assim que as primeiras imagens da Terra vista do espaço foram conhecidas. O teste foi realizado na base de White Sands, no Novo México, e a foto foi tirada a uma altura de 65 quilômetros utilizando uma câmera de 35 milímetros.
    O V2, míssil responsável por começarmos a conhecer o espaço, era utilizado pelos engenheiros em seus projetos de foguetes. Então, cientistas foram convidados a participar do projeto e incluir instrumentos para estudar temperaturas, pressões, campos magnéticos e outras características físicas da atmosfera superior inexplorada. Esses instrumentos foram colocados dentro de sua ogiva.
    Ao atingir sua altitude máxima, o foguete caiu de volta à Terra, colidindo com o solo em uma velocidade extremamente alta. Com o impacto, a câmera quebrou, mas o filme estava protegido por uma caixa de aço e permaneceu intacto.
    Com o filme da câmera preservado, os cientistas aplaudiram o resultado: conseguiram a primeira imagem do espaço. Até este momento de 1946, as imagens de maior altitude da superfície da Terra eram as do Explorer II, que em 1935 atingiu 20 quilômetros de altitude para fazer as imagens que mostravam a curvatura da Terra.
    As câmeras do V2 mostraram com exatidão o planeta contra a escuridão do espaço. O V2 foi desenvolvido por nazistas e o principal cientista que participou do projeto foi Wernher von Braun. Depois de terminada a Segunda Guerra Mundial, a NASA recebeu Braun, que se tornou um famoso cientista “americano”.

    Créditos: Megacurioso

    Bateria de lítio para carros elétricos recarrega em 10 minutos

    Enquanto todos tentavam baixar a temperatura das baterias de íons de lítio - para que elas não explodissem, entre outras vantagens - uma equipe da Universidade do Estado da Pensilvânia, nos EUA, descobriu que o melhor é fazer justamente o oposto.
    Xiao-Guang Yang e seus colegas desenvolveram uma bateria de íons de lítio que carrega velozmente a uma temperatura elevada, mas mantém a célula fria durante o uso da energia.
    Em apenas 10 minutos a bateria se recarrega inteiramente, podendo adicionar até 320 km de autonomia a um carro elétrico.
    Tem havido uma pressão para o desenvolvimento de baterias de veículos elétricos capazes de carregar de forma extremamente rápida - alguns falam em reduzir a recarga ao mesmo tempo necessário para encher um tanque de um carro a combustão.
    No entanto, uma taxa de carregamento assim exigiria que a bateria captasse rapidamente 400 quilowatts de energia em muito pouco tempo, um feito que as baterias atuais não conseguem realizar porque correm o risco do chamado chapeamento do lítio - a deposição de lítio metálico ao redor do anodo - o que diminui drasticamente a vida útil da bateria.
    Enquanto as baterias de lítio atuais são carregadas e descarregadas à mesma temperatura, os pesquisadores descobriram que podem contornar o problema do chapeamento de lítio carregando a bateria a uma temperatura mais elevada, de 60º C, por alguns minutos e depois usar sua carga nas temperaturas mais baixas tradicionais.
    "Além do carregamento rápido, esse design nos permite limitar o tempo de exposição da bateria à temperatura de carga elevada, gerando uma vida útil muito longa. A chave é fazer um aquecimento rápido; caso contrário, a bateria permanecerá em temperaturas elevadas por muito tempo, causando grave degradação," explicou o professor Chao-Yang Wang.
    O chapeamento de lítio (Li metal plating) reduz drasticamente a vida útil das baterias de lítio atuais se sua temperatura subir muito.
    Para reduzir o tempo de aquecimento e aquecer toda a bateria a uma temperatura uniforme, a equipe inseriu na bateria de lítio uma estrutura de níquel com autoaquecimento automático, capaz atingir a temperatura desejada em menos de trinta segundos.
    Para testar seu modelo, Yang carregou três células projetadas para veículos elétricos híbridos a 40, 49 e 60 graus Celsius, bem como um controle a 20 graus Celsius, usando várias estratégias de resfriamento para manter temperaturas de carga constantes.
    As baterias preaquecidas a 60º C sustentaram o processo de carregamento extremamente rápido por 1.700 ciclos, enquanto a célula de controle só conseguiu acompanhar o ritmo por 60 ciclos.
    Para confirmar que a deposição de lítio metálico não ocorreu, eles posteriormente descarregaram completamente as células e as abriram para análise. Não foi observado qualquer chapeamento de lítio nas temperaturas médias de carga entre 49 e 60 graus Celsius.
    "No passado, acreditava-se universalmente que as baterias de íons de lítio deveriam evitar operar em altas temperaturas devido à preocupação de reações colaterais aceleradas," comentou Wang. "Este estudo sugere que os benefícios da mitigação do chapeamento de lítio sob temperatura elevada, com tempo de exposição limitado, superam em muito o impacto negativo associado a reações colaterais exacerbadas."
    A folha de níquel aumenta o custo de cada célula em 0,47%, mas, como o projeto elimina a necessidade dos aquecedores externos usados nos modelos atuais, na verdade o projeto reduz o custo de produção de cada bateria.
    E a equipe não está satisfeita com 10 minutos para recarregar as baterias dos carros elétricos.
    "Estamos trabalhando para carregar uma bateria de veículo elétrico de alta densidade em cinco minutos sem danificá-la," disse Wang. "Isso exigirá eletrólitos e materiais ativos altamente estáveis, além da estrutura de autoaquecimento que inventamos".

    Créditos: Inovação Tecnológica