sexta-feira, 27 de setembro de 2019

A nova simulação de buraco negro da NASA é fascinante

A primeira fotografia de um buraco negro, gerada com colaboração internacional do Telescópio Event Horizon, é uma das conquistas científicas mais impressionantes da última década. A roda laranja desfocada que fica do outro lado do universo custou uma quantidade colossal de dados e inteligência para ser observada.
Porém, por mais inspirador e assustador que seja, não tem muito o que ver nela. Mas a nova visualização da NASA é absolutamente fascinante.
A assombrosa visualização, gerada por Jeremy Schnittman através um software criado no Centro de Vôo Espacial Goddard da NASA, lembra o buraco negro Gargantua do filme Interestelar, mesclado com a imagem do Event Horizon, e mostra como a gravidade da galáxia afunda o espaço-tempo ao seu redor.
Buracos negros são locais incrivelmente densos do espaço com gigantesca força gravitacional. Seu poder é tão monstruoso que sequer a luz consegue escapar. Isso mesmo que você leu: quando a luz passa muito perto de um buraco negro ela é puxada para dentro dele. Poeira, gás e detritos atraídos pela gravidade giram ao redor do buraco, como presos a um eixo que gira extraordinariamente rápido e é muito, muito quente. Esse carrossel, uma roda brilhante de matéria chamado de disco de acreção, é a única parte que podemos observar do buraco negro. Dependendo da angulação que o observamos, nossa visão pode ser extremamente distorcida.
O vídeo da NASA mostra a borda do disco, portanto a luz na parte superior da imagem é realmente de trás do buraco negro. Observar esse monstro cósmico nesse ângulo, também mostra que a matéria brilha muito mais no lado esquerdo do que na direita, porque se move na direção do espectador. O fenômeno cósmico nomeado “Efeito Doppler Relativístico” amplia o nível do brilho da luz que se move dessa maneira, e o contrário também é verdadeiro para a luz que se afasta do espectador.
A NASA lançou o vídeo para comemorar a diversidade dos buracos negros nesta Black Hole Week.

Créditos: Imagens do Universo

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