Um certo número vem tirando o sono de astrônomos do mundo todo: a constante de Hubble. Sabemos que o universo está expandindo, mas medidas desta taxa de expansão nos trazem sempre resultados diferentes.
Dependendo do número que estiver correto, pode significar que os cientistas vêm medindo errado as distâncias para objetos no universo por muitas décadas, ou que eles precisam aceitar a existência de uma nova física exótica.
Não é preciso dizer que os cientistas andam bastante preocupados com essa discrepância.
Para entender a questão, precisamos voltar ao momento em que o cientista Edwin Hubble percebeu, em 1929, que galáxias distantes pareciam estar se distanciando da Terra mais rápido do que galáxias mais próximas.
Foi assim que Hubble chegou à conclusão de que o universo estava expandindo – “a resposta, que não é intuitiva, é que [objetos distantes] não estão se movendo. Há cada vez mais espaço sendo criado entre eles”, explicou Barry Madore, astrônomo da Universidade de Chicago (EUA) que realiza medições da constante de Hubble, ao Live Science. Ao longo dos anos, os cientistas foram estudando e refinando essa taxa de expansão.
No final da década de 1990, porém, as coisas ficaram ainda mais complicadas quando os astrônomos descobriram que o universo não estava apenas se expandindo, como também essa expansão estava acelerando. A causa desse fenômeno misterioso foi nomeada de energia escura.
Ok, então tem algo estranho acontecendo no universo e isso é inegável. O que os cientistas podem fazer? Tentar medir essa taxa de aceleração de expansão o mais precisamente possível, a fim de compreender a evolução do cosmos.
O problema é que vários estudos muito bem executados chegaram a valores diferentes. Por exemplo, dados do satélite Planck da Agência Espacial Européia (ESA) levaram a uma estimativa de que a taxa corresponde a 67,4 quilômetros por segundo por megaparsec.
O Planck vasculha o céu há 10 anos medindo o fundo cósmico de microondas, um eco do Big Bang que fornece uma imagem do universo 13 bilhões de anos atrás, com um grau de incerteza extraordinariamente pequeno.
Dependendo do número que estiver correto, pode significar que os cientistas vêm medindo errado as distâncias para objetos no universo por muitas décadas, ou que eles precisam aceitar a existência de uma nova física exótica.
Não é preciso dizer que os cientistas andam bastante preocupados com essa discrepância.
Para entender a questão, precisamos voltar ao momento em que o cientista Edwin Hubble percebeu, em 1929, que galáxias distantes pareciam estar se distanciando da Terra mais rápido do que galáxias mais próximas.
Foi assim que Hubble chegou à conclusão de que o universo estava expandindo – “a resposta, que não é intuitiva, é que [objetos distantes] não estão se movendo. Há cada vez mais espaço sendo criado entre eles”, explicou Barry Madore, astrônomo da Universidade de Chicago (EUA) que realiza medições da constante de Hubble, ao Live Science. Ao longo dos anos, os cientistas foram estudando e refinando essa taxa de expansão.
No final da década de 1990, porém, as coisas ficaram ainda mais complicadas quando os astrônomos descobriram que o universo não estava apenas se expandindo, como também essa expansão estava acelerando. A causa desse fenômeno misterioso foi nomeada de energia escura.
Ok, então tem algo estranho acontecendo no universo e isso é inegável. O que os cientistas podem fazer? Tentar medir essa taxa de aceleração de expansão o mais precisamente possível, a fim de compreender a evolução do cosmos.
O problema é que vários estudos muito bem executados chegaram a valores diferentes. Por exemplo, dados do satélite Planck da Agência Espacial Européia (ESA) levaram a uma estimativa de que a taxa corresponde a 67,4 quilômetros por segundo por megaparsec.
O Planck vasculha o céu há 10 anos medindo o fundo cósmico de microondas, um eco do Big Bang que fornece uma imagem do universo 13 bilhões de anos atrás, com um grau de incerteza extraordinariamente pequeno.
Já cálculos usando estrelas pulsantes chamadas Cefeidas sugerem que o valor é de 73,4 quilômetros por segundo por megaparsec.
Essas estrelas piscam a uma taxa constante, de forma que os pesquisadores podem dizer exatamente quão brilhante uma Cefeida deve ser baseada em suas pulsações. E, dependendo do seu brilho, podem calcular uma distância para elas.
Infelizmente, as estimativas da constante de Hubble usando Cefeidas e Planck são diferentes, apesar de ambos os métodos serem precisos.
O problema é ambos os cálculos levam em conta muitas suposições. Se as medições feitas com Cefeidas estiverem erradas, isso pode significar que os astrônomos têm medido distâncias de forma incorreta no universo há anos.
Já se os números do Planck estiverem errados, então é possível que os cientistas precisem descobrir alguma nova física exótica que faça parte do Modelo Padrão cosmológico e explique os dados, como o número de neutrinos em existência, usados para interpretar as informações do satélite.
Novos estudos têm tentado descobrir qual valor está correto, mas só conseguiram dificultar ainda mais as coisas – uma pesquisa com estrelas gigantes vermelhas chegou a um terceiro valor, de 69,8 quilômetros por segundo por megaparsec.
Outras equipes podem ajudar na definição da resposta, como um estudo que vêm observando objetos brilhantes distantes no universo primitivo chamados quasares, e outro que usa informações do Observatório de Ondas Gravitacionais com Interferômetro a Laser (LIGO) para analisar ondas gravitacionais de estrelas de nêutrons em colisão. Esses cálculos, no entanto, ainda estão em seus estágios iniciais e não podem servir de desempate ainda.
Só nos resta aguardar – e abandonar todas as nossas certezas enquanto isso.
Essas estrelas piscam a uma taxa constante, de forma que os pesquisadores podem dizer exatamente quão brilhante uma Cefeida deve ser baseada em suas pulsações. E, dependendo do seu brilho, podem calcular uma distância para elas.
Infelizmente, as estimativas da constante de Hubble usando Cefeidas e Planck são diferentes, apesar de ambos os métodos serem precisos.
O problema é ambos os cálculos levam em conta muitas suposições. Se as medições feitas com Cefeidas estiverem erradas, isso pode significar que os astrônomos têm medido distâncias de forma incorreta no universo há anos.
Já se os números do Planck estiverem errados, então é possível que os cientistas precisem descobrir alguma nova física exótica que faça parte do Modelo Padrão cosmológico e explique os dados, como o número de neutrinos em existência, usados para interpretar as informações do satélite.
Novos estudos têm tentado descobrir qual valor está correto, mas só conseguiram dificultar ainda mais as coisas – uma pesquisa com estrelas gigantes vermelhas chegou a um terceiro valor, de 69,8 quilômetros por segundo por megaparsec.
Outras equipes podem ajudar na definição da resposta, como um estudo que vêm observando objetos brilhantes distantes no universo primitivo chamados quasares, e outro que usa informações do Observatório de Ondas Gravitacionais com Interferômetro a Laser (LIGO) para analisar ondas gravitacionais de estrelas de nêutrons em colisão. Esses cálculos, no entanto, ainda estão em seus estágios iniciais e não podem servir de desempate ainda.
Só nos resta aguardar – e abandonar todas as nossas certezas enquanto isso.
Créditos: Hypescience
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