sexta-feira, 31 de maio de 2019

Inteligência Artificial derrota humanos em jogos de primeira pessoa

Pesquisadores da empresa DeepMind, que pertence ao Google, criaram jogadores virtuais, ou bots, que aprenderam sozinhos - sem qualquer instrução prévia - a jogar dois videogames multijogadores em 3D na primeira pessoa.
Esses agentes de software alcançaram habilidades semelhantes às humanas, não apenas jogando sozinhos, mas também cooperando para atingir um objetivo comum.
Este é um avanço significativo em relação aos feitos anteriores da empresa, que envolveram derrotar jogadores humanos de xadrez e Go.
Os agentes de inteligência artificial, que aprenderam com base em uma técnica de aprendizado de máquina conhecida como "aprendizagem por reforço", demonstram uma capacidade incomum de desenvolver e usar estratégias de alto nível, aprendidas por eles próprios de forma independente, para competir e cooperar no ambiente do jogo.
A aprendizagem por reforço, um método usado para treinar agentes artificialmente inteligentes, já havia mostrado seu potencial ao gerar jogadores virtuais inteligentes capazes de navegar em ambientes de jogador único cada vez mais complexos, como xadrez e Go.
No entanto, a capacidade de disputar com vários jogadores simultaneamente, particularmente jogos que envolvem trabalho em equipe e interação entre vários jogadores independentes, nunca havia sido demonstrada justamente por ser algo de um nível de complexidade muito superior.
Max Jaderberg e seus colegas demonstraram o potencial do seu bot de inteligência artificial em partidas em primeira pessoa nos jogos Quake III Arena e Capture a Bandeira.
Em contraste com demonstrações anteriores, nas quais os agentes de inteligência artificial recebiam um "conhecimento" prévio sobre o ambiente do jogo ou o status dos outros jogadores, esta nova abordagem assegurou que cada agente de software aprendesse independentemente por sua própria experiência, usando apenas o que o próprio programa poderia "ver" - os píxeis da tela e a pontuação do jogo.
Um sistema de software desse tipo que seja incorporado em um robô também seria alimentado de informações da mesma forma, já que as câmeras fornecem justamente píxeis.

Créditos: Inovação Tecnológica

Mulher “perde 10 anos de memória” por causa de cocô enorme

Um tablóide de Hong Kong, Sky Post, relatou a história de uma mulher na China que “perdeu a memória” depois de fazer muita força no banheiro. Quem contou esta história foi o filho da mulher, que disse que ela sofria de obstipação severa. Um dia, depois de usar o vaso sanitário, ela começou a sofrer de amnésia.
A família a levou para um hospital e ela passou oito horas sem se lembrar de nada que havia acontecido nos últimos dez anos. Depois de passar a noite no hospital, sua memória voltou praticamente ao normal, mas ela simplesmente não conseguia se lembrar de nada do que aconteceu nas 8 horas posteriores à ida ao banheiro.
Os médicos concluíram que sua saúde física e mental estavam boas, e ela voltou rapidamente para casa.
Esta história não foi confirma por nenhum médico ou pesquisador que possam ter se envolvido no caso, portanto pode ser apenas mais uma lenda urbana. Nenhum estudo descreve a relação entre o esforço ao defecar e a perda de memória.
Uma possível explicação é que pode ter acontecido com esta mulher o que acontece com levantadores de peso: uma síncope vasovagal. Ao realizar um esforço grande e pontual, o nervo vago é ativado inapropriadamente, causando a baixa circulação sanguínea no cérebro. A pessoa perde os sentidos, e ao cair na posição horizontal o sangue volta a circular como deveria, e a pessoa recupera a consciência.
Também é possível, apesar de não muito comum, sofrer de amnésia temporária depois de desmaiar, especialmente nos idosos. Isso porque a falta de fluxo sanguíneo temporária pode interferir nas regiões do cérebro responsáveis pela memória, como o hipocampo e o sistema ativador reticular.

Créditos: Hypescience

Extintor de incêndio no espaço não deve soprar, deve sugar

Embora a Dra. Ryan Stone (Sandra Bullock), no premiado filme Gravidade, use um extintor de incêndio tradicional para apagar as chamas no interior da Estação Espacial Internacional - além de usá-lo como propulsor mais tarde - essa pode não ser a melhor forma de extinguir um incêndio no espaço.
A solução ideal não é assoprar as chamas ou aspergir uma substância sobre elas, mas justamente o oposto: O que funciona no espaço é sugar as chamas.
O conceito desse extintor ao reverso foi desenvolvido e testado por um trio de pesquisadores da Universidade de Tecnologia Toyohashi, no Japão, que batizou a técnica de "método de extintor a vácuo".
O extintor espacial suga não apenas os produtos da combustão, mas também as chamas e a própria fonte do fogo para uma câmara de vácuo. Isso é importante no espaço porque evita a dispersão de materiais combustíveis, mesmo os voláteis, pelos pequenos ambientes da nave.
"Imagens fascinantes de sucção das chamas (fotografia direta e imagens de Schlieren) mostram o resultado e fornecem imagens ricas sobre como o processo deve ser modelado. Atualmente, as agências espaciais estão cautelosas de introduzir este conceito porque nenhum desses dispositivos foi desenvolvido e testado por elas. Os conceitos tecnológicos emergentes frequentemente exigem apresentações constantes de propostas para serem reconhecidos. Continuaremos a refinar e apresentar o conceito," disse o professor Kaoru Wakatsuki.
De fato, o filme Gravidade não cometeu nenhum ato falho. Atualmente, os extintores de incêndio usados em espaçonaves ou estações espaciais dos EUA, Japão, Europa e Rússia são principalmente extintores de gás de pulverização de CO2, embora a névoa de água tenha sido parcialmente considerada como uma alternativa.
A equipe acredita que o extintor por sucção será superior em várias situações, como extinguir incêndios incontroláveis com os extintores usados atualmente, como fogo em pó metálico. Também se espera melhores resultados em incêndios em salas limpas ou ambientes médicos, onde os agentes de combate a incêndios pulverizados causariam danos severos à estrutura e aos equipamentos.

Créditos: Inovação Tecnológica

Cardume de centenas de peixes com 50 milhões de anos

Um pedaço de calcário da Formação de Fósseis do Rio Verde, na América do Norte, se tornou o local de descanso final de nada menos que 259 peixes da extinta espécie Erismatopterus levatus.
O cardume de 50 milhões de anos atrás provavelmente ficou preso e foi fossilizado depois que uma duna de areia desmoronou em cima das minúsculas criaturas em águas rasas.
Segundo pesquisadores da Universidade Estadual do Arizona (EUA) e do Museu Memorial Mizuta (Japão), esses peixes costumavam viver nos lagos montanhosos da região de Rio Verde (Green River) durante o Eoceno, época que ocorreu de 56 a 34 milhões de anos atrás.
Um E. levatus adulto teria cerca de 6,5 centímetros de comprimento, mas estes eram bebês – muitos dos peixes fossilizados mal excediam 20 milímetros.
Os animais podem até ser minúsculos, mas sua descoberta é gigante. Fósseis nos oferecem vislumbres importantes do passado da Terra e de como os animais antigos se comportavam.
Por exemplo, os cientistas assumiam que peixes se reuniam em cardumes há um bom tempo, mas agora temos prova deste comportamento antigo, perfeitamente gravado em pedra.
A equipe de cientistas mediu todos os peixes, mapeou suas posições e realizou 1.000 simulações diferentes do movimento do cardume.
A descoberta revela que os peixes realmente andam juntos por pelo menos 50 milhões de anos. O que é ainda mais fascinante é que as espécies que nadam em cardume hoje são evolutivamente distintas desses peixes do Eoceno.
É provável que esses minúsculos animais fizessem isso pelo mesmo motivo que peixes ainda se reúnem em grandes grupos atualmente: para tentar reduzir suas chances de serem engolidos por um predador.

Créditos: Hypescience

Finalmente um sucessor do transístor?

Há um novo modo de fazer computação disponível na praça: uma chave de spin topológica controlada eletricamente, ou vTOPSS na sigla em inglês (voltage-controlled topological spin switch).
O nome é complicado, a tecnologia por trás dele também não é não intuitiva quanto a do transístor, mas a essência do componente é que ele é uma chave eletrônica ultraminiaturizada, que não perde dados na ausência de energia e que consome um mínimo de eletricidade - ou seja, essencialmente uma alternativa aos tradicionais transistores que compõem todos os dispositivos eletrônicos.
A tecnologia envolve a spintrônica, baseada no momento angular de elétrons individuais, e os materiais topológicos, que são isolantes mas apresentam interessantes fenômenos eletrônicos em sua superfície.
Os transistores atuais só funcionam com um fornecimento constante de eletricidade. Componentes magnéticos, por sua vez, não são ainda tão rápidos, mas podem manipular e armazenar informações sem perdê-las quando a eletricidade é desligada, o que significa que seu consumo de energia é muito menor. O spin dos elétrons pode ser entendido como um momento magnético, o que significa que eles funcionam como minúsculos ímãs, sendo essa a essência da spintrônica.
Um método de controlar o magnetismo usa uma corrente elétrica que transporta uma corrente de spin - elétrons com o mesmo spin - para gravar informações, mas isso envolve um fluxo de carga elétrica. Como isso gera perda de energia e dissipação de calor, pode não ser a solução para os grandes centros de dados ou em aplicativos de inteligência artificial, que exigem grandes quantidades de memória.
Mas uma corrente de spin pode ser transportada sem carga elétrica com o uso de um isolante topológico - um material cujo interior é isolante, mas que pode suportar o fluxo de elétrons em sua superfície.
Com isso, Shaloo Rakheja e colegas da Universidade de Nova York, nos EUA, criaram sua vTOPSS (chave de spin topológica controlada eletricamente), que requer apenas campos elétricos (tensões), e não correntes, para chavear entre dois estados lógicos, reduzindo largamente a energia consumida e o calor dissipado.
O componente, pertencente a uma classe híbrida de materiais, conhecida como heteroestrutura - um ímã, um isolante magnético e um isolante topológico -, ainda é ligeiramente mais lento do que os transistores eletrônicos mais modernos, mas suas inúmeras vantagens podem torná-lo competitivo a médio prazo, permitindo a fabricação de aparelhos com menor consumo, maior durabilidade das baterias, retenção dos dados na ausência de energia e ganhos de desempenho advindos da integração da lógica com a memória.
Seria então o fim de uma era: a Era do Silício, com o conhecido semicondutor sendo substituído por novas classes de materiais.
A equipe anunciou que seus próximos passos incluirão otimizações adicionais nos materiais e no projeto, para melhorar a velocidade de comutação, bem como o desenvolvimento dos primeiros protótipos funcionais, formando circuitos lógicos.

segunda-feira, 27 de maio de 2019

Pilotos da Marinha dos EUA relatam que OVNIs estão por toda parte

Em 2007, o Pentágono criou o "Programa Avançado de Identificação de Ameaças Espaciais" para analisar os dados recebidos por radar, imagens de vídeo capturadas por pilotos e relatos oficiais de superiores que sobre encontro com OVNIs.
O programa terminou oficialmente em 2012 por falta de verba, entretanto, a Marinha continuou as investigações dos relatórios militares sobre OVNIs, segundo o The New York Times.
Relatos sobre OVNIs ocorreram frequentemente entre 2014 e 2015, quando pilotos da Marinha norte-americana relataram ter avistado objetos voadores que não possuíam motor visível ou gases de escapamento, porém eram capazes de alcançar velocidades hipersônicas, conforme a Fox News.
"Essas coisas estariam por aí todo o dia. Manter uma aeronave no ar requer uma quantidade significativa de energia. Com as velocidades que observamos, 12 horas no ar são 11 horas a mais do que esperávamos", afirmou o tenente Ryan Graves, que está na Marinha há dez anos.
Já especialistas acreditam haver diversas outras possibilidades, como problemas no código dos sistemas de imagem e monitor, bem como efeitos e reflexos atmosféricos e sobrecarga neurológica por diversas situações durante voos de alta velocidade.
Vale destacar que, no início desse ano, a Marinha norte-americana emitiu novas regras com relação aos relatos de aeronaves avançadas e desconhecidas que voam próximas dos grupos de ataque da Marinha ou instalações militares.


Créditos: Sputnik News

Descobrimos como é a geometria de um elétron

Físicos da Universidade de Basileia, na Suíça, mostraram como a geometria de um único elétron se parece pela primeira vez.
A descoberta foi feita através de um método recém-desenvolvido que permite aos cientistas calcular a probabilidade de um elétron estar presente em um espaço.
Isso, por sua vez, leva a um melhor controle dos spins dos elétrons, que poderiam servir como a menor unidade de informação em um futuro computador quântico.
O spin (ou “giro”) de um elétron representa as possíveis orientações que a partícula subatômica carregada pode exibir quando imersa em um campo magnético.
O spin é um candidato promissor para ser usado como a menor unidade de informação (ou qubit) de um computador quântico.
Controlar e alternar este giro ou acoplá-lo a outros spins são alguns dos desafios nos quais inúmeros grupos de pesquisa em todo o mundo estão trabalhando.
A estabilidade de um único spin e o emaranhamento de vários spins dependem, entre outras coisas, da geometria dos elétrons – que antes era impossível de determinar experimentalmente.
O que os cientistas do Departamento de Física e do Instituto Suíço de Nanociência da Universidade de Basileia fizeram foi desenvolver um método pelo qual eles podiam determinar a geometria de elétrons espacialmente em pontos quânticos.
Um ponto quântico é uma “armadilha” que confina elétrons livres em uma área cerca de mil vezes maior que um átomo natural. Como os elétrons aprisionados se comportam de maneira semelhante aos elétrons ligados a um átomo, o ponto quântico também é chamado de “átomo artificial”.
O elétron pode se mover dentro desse espaço, mas, com diferentes probabilidades correspondentes a uma função de onda, permanece em locais específicos dentro de seu confinamento.
Os cientistas usaram medições espectroscópicas para determinar os níveis de energia no ponto quântico e estudar o comportamento desses níveis em campos magnéticos de força e orientação variadas. Com base em um modelo teórico, foi possível determinar a provável densidade do elétron e, assim, sua função de onda com precisão na escala subnanométrica.
“Para simplificar, podemos usar esse método para mostrar como um elétron se parece pela primeira vez”, explica um dos principais autores do estudo, Daniel Loss.
Os pesquisadores, que trabalham em estreita colaboração com colegas no Japão, na Eslováquia e nos Estados Unidos, agora têm a chance de entender melhor a correlação entre a geometria e o spin do elétron, que deve ser estável pelo maior tempo possível e rapidamente comutável para ser usado como qubit.
“Nós podemos não apenas mapear a forma e a orientação do elétron, mas também controlar a função de onda de acordo com a configuração dos campos elétricos aplicados. Isso nos dá a oportunidade de potencializar o controle dos spins de maneira bem direcionada”, afirma outro pesquisador principal do estudo, Dominik Zumbühl.
Com o auxílio do método desenvolvido, vários estudos podem ser melhor compreendidos, e o desempenho de spin em qubits pode ser otimizado no futuro.
O resultado dos experimentos foi publicado em um artigo na revista científica Physical Review Letters, e a teoria relacionada foi publicada em um artigo na revista científica Physical Review B.

Créditos: Hypescience

Encomendado pelo Brasil, caça sueco Gripen E está passando rapidamente por testes

O portal Defense News escreveu, citando Eddy de la Motte, vice-presidente e chefe da Unidade Operacional Gripen E/F da produtora Saab, que os testes de voo do caça Gripen E estão sendo efetuados mais rapidamente do que o previsto.
Em um briefing, Motte destacou que aviões de teste 39-8 e 39-9 testaram lançamento de míssil Meteor da fabricante MBDA no norte da Suécia.
"Tínhamos planejado duas semanas de teste e fomos capazes de fazer tudo em uma só", revelou o executivo, acrescentando que "nós estamos aproveitando mais cada hora de teste de voo individual do que tínhamos previsto, o que está ajudando a progredir o programa".
Embora Gripen E seja mais pesado do que Gripen C, ela ainda é ágil por ser mais forte e por carregar muito bem seu peso, explicou o piloto Marcus Wandt, citado pelo portal.
O primeiro Gripen E será fornecido neste ano para teste e avaliação da força por representantes da fornecedora Saab e da Força Aérea da Suécia.
Vale destacar que o Brasil já encomendou 36 caças Gripen da Saab, sendo eles 28 Gripen E de um assento e oito Gripen F de dois assentos. A compra é estimada em US$ 4,16 bilhões.
Com fornecimento previsto para ser iniciado em 2021, os primeiros pilotos da Força Aérea Brasileira vão treinar na Suécia em janeiro de 2020.
Mikael Franzen, vice-presidente e chefe da Unidade Operacional Gripen Brasil, acentuou que as duas linhas de produção para o caça – uma na Suécia e outra no Brasil – podem vir a ser usadas na produção dos caças Gripen que podem vir a ser encomendados por outros clientes no futuro. De acordo com Franzen, oito caças devem ser construídos por brasileiros na Suécia (quatro Gripen F e quatro Gripen E) para garantir que os brasileiros estejam plenamente à vontade com os processos de construção, 15 devem ser produzidos no Brasil por brasileiros e 13 por suecos na Suécia.

Créditos: Sputnik

Asteróide que passará pela Terra hoje é tão grande que tem sua própria lua

Os astrônomos esperam que um asteróide conhecido como 1999 KW4 passe pela Terra hoje, por volta das 20h05 (horário de Brasília).
E nosso céu não terá apenas um visitante – com 1,5 km de largura, o asteróide possui sua própria lua, com cerca de 0,5 km.
“É um dos vôos binários mais próximos provavelmente na história recente”, disse o cientista planetário Vishnu Reddy ao portal NBC News.
Apesar disso, as duas rochas espaciais ainda estarão longe demais da gente para serem vistas a olho nu – aproximadamente a 5 mil quilômetros de distância.
O par não passará tão perto da Terra novamente até 2036, no entanto. Logo, se você quiser ter um vislumbre da duplinha dinâmica, pode usar um telescópio.

Créditos: Hypescience

Uma destas mulheres não é real

Nós nos preocupamos por tanto tempo com a inteligência artificial, que deixamos escapar a possibilidade das aparências artificiais. Humanos feitos em 3D com rostos tão perfeitos que são impossíveis de distinguir de um rosto real já estão entre nós. Um exemplo é a Imma, uma modelo do Instagram que conquistou mais de 50.000 seguidores graças a suas selfies e fotos. Acontece que Imma não é uma pessoa real. Ela é uma ser humana renderizada em 3D. Seu desenho é tão real que ela aparece nesta propaganda acima da marca de cosméticos Kate com duas outras modelos reais e é impossível dizer qual delas não é real (nós te ajudamos: Imma é a do meio).
Imma é criação da ModelingCafe, uma empresa de tecnologia CGI que trabalhou nos jogos Final Fantasy XV, Shin Godzilla, The Legend of Zelda: Breath of the Wild e neste vídeo de turismo para a região de Kyushu, no Japão. Imma foi criada com uma atenção impressionante aos detalhes, como, por exemplo, as raízes escuras em seu cabelo tingido de rosa e a iluminação – além disso, segundo o site SoraNews24, a pele de Imma ficou sob responsabilidade de desenvolvedoras mulheres, o que também pode ser um detalhe importante para a construção da realidade.
Na propaganda acima, ela está posando em uma composição com as modelos humanas Mayben e Aria, usando maquiagem real e virtual criada pelo cabeleireiro e maquiador Torii. Os criadores do anúncio, fascinados pelos filtros de moda e estilo “Kawaii” (fofinhos) do Instagram, queriam ver se poderiam ultrapassar os limites virtuais usando uma modelo 100% falsa. Para realmente vender a ideia, a revista fez uma entrevista publicitária típica com todas as modelos, incluindo Imma. Embora as respostas tenham sido criadas por humanos, não é difícil imaginar que, um dia, a IA possa criar respostas coerentes e fofas para revistas de moda. Dessa forma, tanto a modelo quanto sua personalidade poderiam ser totalmente geradas por máquinas.
Tal como acontece com muitas coisas que envolvem inteligência artificial, há um contraponto ruim nessa história. Para ganhar destaque, marcas estão começando a usar modelos virtuais como Imma, privando modelos reais de trabalho e remuneração – Imma não precisa de um salário ou de um cachê para sobreviver, ao contrário de suas contrapartes humanas. A ModelingCafe quer dar um passo além, criando animações ultra-realistas de Imma que a tornariam quase indistinguível de uma pessoa real.
O SAG-AFTRA, sindicato que representa os artistas americanos, entende a ameaça e recentemente realizou um painel para discuti-la. “Eu cresci em uma época em que me perguntavam: ‘Você ouviu com seus próprios ouvidos? Você viu com seus próprios olhos?. Nós nunca poderemos confiar nisso de novo”, diz a atriz Heidi Johanningmeier em matéria do site Hollywood Reporter.

Créditos: Hypescience

sexta-feira, 24 de maio de 2019

Descoberto o fungo mais antigo da Terra, com 1 bilhão de anos

Cientistas encontraram fungos fossilizados de um bilhão de anos no Canadá.
A descoberta poderia reformular nossa compreensão de como a vida evoluiu na Terra.
Corentin Loron, da Universidade de Liege, na Bélgica, e seus colegas examinaram os microfósseis descobertos para determinar a composição química das suas células.
Eles notaram a presença de quitina, uma substância fibrosa que se forma nas paredes celulares dos fungos.
Em seguida, examinaram a idade da rocha em que os fósseis foram encontrados através da sua proporção de elementos radioativos, concluindo que os fungos tinham entre 900 milhões e um bilhão de anos de idade.
Até agora, os fungos mais antigos conhecidos – organismos como cogumelos, mofo e fermento – tinham cerca de meio bilhão de anos.
Os espécimes fósseis recentes, analisados ​​com a mais atual tecnologia de datação, parecem adiantar a chegada dos fungos no planeta e colocá-los nos primeiros lugares do bonde da vida terrestre.
A descoberta é significativa porque, na “árvore da vida”, os fungos fazem parte do mesmo grupo de organismos – conhecidos como eucariotos – que plantas e animais. “Se os fungos já estavam presentes há cerca de 900 milhões a um bilhão de anos, os animais também deveriam estar”, disse Loron à AFP.
O achado pode, então, remodelar nossa visão de mundo. Esse passado distante, embora muito diferente de hoje, pode ter sido muito mais ‘moderno” do que pensávamos.
Os fungos estão entre os organismos mais abundantes do planeta – são o terceiro maior contribuinte para a biomassa global, depois de plantas e bactérias.
Todos os fungos juntos são seis vezes mais pesados ​​que a massa de todos os animais combinados, incluindo humanos.

Créditos: Hypescience

Descobertas rochas que geram eletricidade sob a luz do Sol

Pesquisadores encontraram as primeiras evidências de fotocorrentes - correntes elétricas induzidas pela luz - ocorrendo naturalmente em minerais inorgânicos.
Conhecemos muito sobre os sistemas fotoelétricos orgânicos presentes na natureza, uma vez que eles formam a base da fotossíntese. Mas, até agora, virtualmente nada se sabia sobre sistemas não biológicos que transformam luz em eletricidade.
Anhuai Lu, da Universidade de Pequim, na China, suspeitou que crostas que recobrem as rochas poderiam ser um material fotoelétrico porque muitas delas contêm ferro e manganês, que têm sido usados em sistemas de fotocorrente feitos pelo homem.
Materiais fotoelétricos são materiais que geram eletricidade quando expostos à luz, como os usados para fabricar células solares.
Para confirmar sua hipótese, o pesquisador colocou sensores em amostras de rochas coletadas do deserto que apresentavam uma crosta rica nesses minerais, e então as colocou sob a luz do Sol. Ele fez o mesmo com rochas do mesmo tipo que não tinham uma crosta, como controle.
Os revestimentos responderam à luz liberando elétrons, resultando em um fluxo de corrente elétrica. E a coisa funciona como se houvesse um interruptor - quando a luz do Sol brilha, o material libera elétrons, quando a luz do Sol é bloqueada, ele pára de liberar elétrons. As rochas nuas não apresentaram nenhuma atividade elétrica.
Uma análise cuidadosa dos revestimentos das rochas revelou que essas coberturas consistem principalmente em óxidos de ferro (Fe) e manganês (Mn), formando cristais de minerais como birnessita, hematita e goethita.
Os pesquisadores observam que algumas áreas da Terra têm vastas extensões de rochas recobertas ou incrustadas com esses minerais, todas presumivelmente gerando eletricidade.
Eles não sabem ainda dizer que impacto isto pode estar tendo, mas teorizam que o fenômeno provavelmente desempenha um papel em alguns processos biogeoquímicos, uma espécie de "minerossíntese", similar em alguns aspectos aos sistemas fotoelétricos biológicos em que se baseia a fotossíntese.

Créditos: Inovação Tecnológica

Ácaros comem seu sebo e se multiplicam no seu rosto enquanto você dorme

Você tem dezenas de hóspedes folgados que comem o seu sebo e caminham pelo seu rosto durante a noite. Eles são os ácaros Demodex folliculorum e Demodex brevis, que dormem nos seus poros durante o dia e fazem a maior festa durante a noite.
Eles são aracnídeos, parentes das aranhas, escorpiões e carrapatos, portanto também têm oito patinhas. Eles têm o corpo semitransparente, com tamanho de 0,3 mm, portanto não podem ser vistos a olho nu. Mas podem ser encontrados facilmente quando amostras finas da pele são colocadas no microscópio.
A boa notícia é que eles não causam nenhum problema para a maior parte das pessoas. Só quem tem imunidade baixa pode ter uma proliferação desses ácaros temporária que causa a demodicose, caracterizada por coceira e inflamação da pele.
Eles ficam bem confortáveis durante o dia, escondidinhos nos seus poros e nas raízes dos pelinhos do rosto. Quando tudo está escuro, eles ficam à vontade para explorar a sua pele e encontrar parceiros para acasalar. Eles vivem por cerca de duas semanas, e aproveitam tão bem a alimentação que nem têm necessidade de evacuar, portanto não têm ânus.
Os ácaros gostam do nosso rosto porque é ali que estão os maiores poros e os maiores produtores de sebo do nosso corpo, especialmente perto do nariz e testa. Como as crianças pequenas não produzem muito sebo, menos desses aracnídeos são encontrados nessas peles jovens. Mas mais deles são encontrados em adultos e muito mais em idosos.
Se você está pensando em correr para o banheiro e esfregar intensamente a sua pele para se livrar desses hóspedes indesejados, saiba que nem vale a pena o esforço. Mesmo se fosse possível retirar ou matar todos eles, em pouco tempo você já pegaria outros através de toalhas, travesseiros, lençóis ou contato com a pele do rosto de outra pessoa.
Nossa relação de boa convivência é antiga: estudos apontam que abrigamos esses ácaros em nossos rostos há pelo menos 20 mil anos.

Créditos: Hypescience

quarta-feira, 22 de maio de 2019

Especialista revela por que faraós egípcios construíam portas falsas nos túmulos

A civilização do Egito Antigo se concentrava ao longo do rio Nilo mais de 4.500 anos atrás.
A herança deste império inclui a Grande Pirâmide de Gizé, também conhecida como Pirâmide de Quéops, que é a mais antiga e a maior das três pirâmides do complexo em Gizé, no Egito.
Uma das áreas de maior interesse está relacionada às preocupações da antiga sociedade em relação aos ladrões de túmulos – por essa razão neles foram integrados túneis falsos, entradas bloqueadas, passagens secretas, maldições e armadilhas.
No entanto, existe uma outra razão para a integração de portas falsas, afirma um historiador.
O egiptólogo e diretor da série Egypt Trough the Ages (Egito Através dos Tempos, na tradução livre em português), Curtis Ryan Woodside, revelou sua teoria.
Ao visitar o túmulo de Unas – o último faraó da quinta dinastia egípcia que reinou aproximadamente entre 2375 e 2345 a.C. – ele disse: "À entrada do túmulo se pode ver uma porta com os hieróglifos que representam marido e mulher".
"Ainda se consegue ver a cor nos hieróglifos, dá para ver que era vermelha, e os olhos ainda têm maquiagem", acrescentou Woodside.
O egiptólogo revelou que os egípcios antigos acreditavam que depois da morte o espírito passava para outro mundo, informa o jornal Express.
"Os egípcios construíam portas falsas feitas para se parecessem com as verdadeiras, porém o propósito delas era para que os espíritos passassem deste mundo para o outro. Eles acreditavam que o espírito poderia entrar e sair pela porta e a mulher do faraó Unas tinha uma porta falsa muito boa", disse especialista.
"E, na verdade, as mulheres, quando estavam zangadas com os maridos ou queriam ajuda, muitas vezes escreviam pequenas mensagens nestas portas. Elas acreditavam que o espírito iria aparecer e ler", afirma Woodside.
Atualmente, os historiadores ainda estão procurando saber mais sobre esta sociedade avançada que remonta a quase 3.000 a.C.

Créditos: Sputnik News

Cientistas criaram o som mais alto que é possível no mundo

Uma equipe do Laboratório Nacional de Aceleradores SLAC gerou o que pode ser o som subaquático mais alto possível.
O SLAC pertence ao Departamento de Energia do governo americano e sua administração fica a cargo da Universidade de Stanford.
Existem limites para quão intenso um ruído pode ser. No extremo mais baixo da escala, há o limite da audição humana – coisas como o zumbido de um mosquito a três metros de distância.
Aos 55 decibéis, temos o som de conversação normal. Um despertador atinge 80 decibéis, uma motosserra 100 decibéis e o som de um jato decolando a 100 metros 130 decibéis. Um show de rock, por sua vez, chega a 150 decibéis.
Estranhamente, no ar, um som não pode chegar a mais do que 194 decibéis. Na água, o extremo é 270.
Para criar incríveis pressões sonoras acima de 270 decibéis, os pesquisadores atingiram minúsculos jatos de água com um laser de raios-X, um instrumento conhecido como LCLS ou “Linac Coherent Light Source”.
O som é um pouco como o calor. O zero absoluto é a temperatura mais fria possível porque, quando retiramos toda a energia de um objeto, as moléculas param de se mover e não há mais nenhum ponto abaixo para a temperatura passar.
Há também um limite superior teórico para a temperatura. Você pode aquecer as coisas em centenas de milhões de graus Celsius, mas em algum momento há tanta energia no que é agora um plasma superaquecido que os átomos se rompem. Acrescentar mais energia não aumenta a temperatura; tudo o que acontece é que mais partículas subatômicas são criadas.
O mesmo vale para o som, que é uma onda de pressão. Em zero decibéis, não há onda de pressão. Quanto mais decibéis temos, no entanto, o meio pelo qual o som está passando começa a ceder, e ele não pode ficar mais alto.
Foi o que aconteceu quando os pesquisadores apontaram o laser de raios-X para microjatos de água (entre 14 e 30 micrômetros de diâmetro). Quando os curtos pulsos de raios-X atingiram a água, ela se vaporizou e gerou uma onda de choque.
Esta onda de choque viajou através do jato formando “cópias” de si mesma em um “trem de ondas de choque” feito de zonas alternadas de alta e baixa pressão. Em outras palavras, um som subaquático muito alto.
O que a equipe descobriu foi que, uma vez que a intensidade desse som alcançou um certo limite, a água cedeu e se transformou em pequenas bolhas cheias de vapor que imediatamente colapsaram em um processo chamado cavitação.
É um fenômeno também visto em hélices de alta velocidade, ou quando um camarão mantis decide ficar violento (é o soco mais poderoso do reino animal). Isso também significa que, como a pressão na onda sonora gerada por raios-X está logo abaixo do limiar superior possível, ela é tão alta quanto um som subaquático pode ser.
Aplicações
Segundo a equipe americana, essa descoberta tem mais do que apenas valor acadêmico.
Compreender melhor como funcionam esses “trens de ondas de choque” pode levar a maneiras mais eficientes de proteger amostras minúsculas submetidas a análises em escala atômica contra danos, o que seria de grande ajuda no desenvolvimento de novas drogas e materiais.

Créditos: Hypescience

Roupa espacial para Marte pronta para testes

Enquanto a NASA reconhece que suas roupas espaciais não são mais adequadas para os níveis de conforto e segurança exigidos pelas novas etapas de voos espaciais - recentemente a agência também precisou cancelar a primeira caminhada espacial feminina dupla porque não tinha roupas que servissem às duas astronautas - a Europa mostra sinais de que já está à frente.
O Fórum Espacial Austríaco, uma espécie de agência espacial do país, está liderando a construção de um novo traje espacial, cujo protótipo foi apresentado ao público pela primeira vez.
Batizado de Serenidade, o traje espacial será usado em uma simulação internacional de uma missão a Marte, que ocorrerá no deserto de Negev em 2020.
Seis "análogos de astronautas" testarão experimentos e procedimentos para futuras explorações tripuladas e robóticas do Planeta Vermelho.
Como os astronautas deverão trabalhar continuamente usando o traje espacial marciano, foi dada grande importância à otimização do conforto e da ergonomia.
Para isso, uma equipe liderada pelo professor Simon Annaheim, do EMPA (Laboratórios Federais Suíços de Ciência e Tecnologia de Materiais), usou o que há de mais avançado em membranas biomiméticas e têxteis de alta tecnologia. Além de contar com a colaboração de profissionais especializados em ergonomia e conforto do vestuário.
"A equipe desenvolveu um amplo espectro de modelos corporais e é uma especialista reconhecida internacionalmente no campo do conforto de uso. Isso mostrou que o novo protótipo de roupa espacial marciana alcança uma ergonomia e distribuição de carga significativamente melhores em comparação ao modelo anterior," disse Annaheim.
Além do conforto, será dada especial atenção ao gerenciamento térmico da roupa espacial, para suportar o frio de Marte.
E a equipe pretende que seus resultados possam ser aproveitados também nas roupas dos terráqueos.
"O desenvolvimento de materiais e tecnologia para as viagens espaciais desempenham um papel pioneiro para os desenvolvimentos também no setor têxtil," disse Annaheim.

Créditos: Inovação Tecnológica

O aumento do nível do mar poderá desalojar até 187 milhões de pessoas nas próximas décadas

Um novo estudo internacional afirma que a elevação do nível do mar resultante do derretimento acelerado do gelo na Groelândia e na Antártica poderia ter “consequências profundas para a humanidade”.
Se não fizermos nada para conter a mudança climática e o mais severo aumento de temperatura global ocorrer nas próximas décadas, o nível do mar aumentará a ponto de deslocar centenas de milhões de pessoas.
Sabemos que o gelo da Groelândia e da Antártica está derretendo há anos, mas só agora percebemos a rapidez com que isso está ocorrendo.
Por exemplo, a Groelândia está derretendo seis vezes mais rápido agora do que há quatro décadas, liberando uma média de 286 bilhões de toneladas de gelo por ano.
Nos anos 1980, a Antártica perdia 40 bilhões de toneladas de gelo anualmente. Na última década, esse número saltou para uma média de 252 bilhões de toneladas por ano.
Ajustando os cálculos, os pesquisadores descobriram que, no pior cenário possível, em que o planeta esquenta 5 graus Celsius nos próximos 80 anos, o gelo derretido poderia elevar o nível do mar em cerca de dois metros em todo o mundo.
Isso significa que grandes cidades costeiras como Nova York e Xangai iriam inundar, deslocando até 187 milhões de pessoas até 2100.
Com aproximadamente 1,7 milhão de quilômetros quadrados de tamanho, a camada de gelo da Groelândia cobre uma área quase sete vezes maior que o estado de São Paulo.
Juntamente com a camada de gelo da Antártica, ela contém mais de 99% da água doce do mundo, de acordo com o Centro Nacional de Dados de Neve e Gelo. A maior parte dessa água é congelada.
À medida que a atividade humana envia mais gases de efeito estufa para a atmosfera, os oceanos absorvem 93% do excesso de calor que os gases retêm. O ar e a água mais quentes estão levando os lençóis de gelo a derreter a taxas sem precedentes.
Em 2013, o Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática da Organização das Nações Unidas previu que o nível do mar aumentaria em até 97 centímetros até 2100 se as emissões de carbono continuassem a aumentar.
As previsões do novo estudo são mais que o dobro da estimativa da ONU. Embora as chances do “pior cenário possível” acontecer sejam estimadas apenas em torno de 5%, os cientistas relatam que é “plausível” que os oceanos globais realmente aumentem dois metros até o ano 2100.
Tragédia
É importante estar ciente deste cenário sombrio. Níveis mais altos do mar podem resultar em uma perda de 1,8 milhão de quilômetros quadrados, uma área maior que a França, a Alemanha, a Espanha e o Reino Unido combinados.
Nesse caso, grandes cidades costeiras como Londres, Nova York e Xangai seriam ameaçadas por inundações extremas. Pequenas nações insulares do Pacífico, como Vanuatu, se tornariam inabitáveis ​​ou desapareceriam por completo. E muitas das terras perdidas seriam “regiões críticas de produção de alimentos”, lugares como o delta do rio Nilo, na África.
No total, até 2,5% da população mundial atual seria afetada, criando até 187 milhões de refugiados climáticos.
“Para colocar isso em perspectiva, a crise de refugiados na Síria resultou em cerca de um milhão de pessoas vindo para a Europa”, disse Jonathan Bamber, principal autor do novo estudo, da Universidade de Bristol (Reino Unido). “Isso é cerca de 200 vezes menos do que o número de pessoas que seriam deslocadas em um aumento de dois metros no nível do mar”.

Créditos: Hypescience

segunda-feira, 20 de maio de 2019

Revelados segredos do 'manuscrito mais misterioso do mundo' de 600 anos

Um misterioso manuscrito de 600 anos, que tem muitas ilustrações de mulheres desnudadas em poças de líquido verde, plantas de aparência muito estranha e um texto escrito em um alfabeto desconhecido e incompreensível, tem deixado muitos linguistas perplexos durante décadas.
Entretanto, um professor afirma ter decifrado o "texto mais misterioso do mundo".
O doutor Gerard Cheshire acredita que o lendário manuscrito Voynich está escrito em uma língua morta chamada proto-românica, e estudando as letras e os símbolos ele teria conseguido decifrar o significado do texto.
Que segredos é que o livro contém? De acordo com o linguista, o texto contém dicas sexuais, informações sobre educação, psicologia e remédios à base de plantas.
"Eu tive uma série de momentos 'eureka' enquanto decifrava o código, acompanhados por uma sensação de incredulidade e exaltação quando me apercebi da magnitude da descoberta, tanto em termos da importância linguística como das revelações sobre a sua origem e conteúdo do manuscrito" disse o doutor à SciNews.
Não há marcas de pontuação, porém algumas letras contêm variantes nos símbolos para indicar a pontuação ou a acentuação, todas as letras estão escritas em minúsculas e não há consoantes duplas.
O doutor Cheshire informou que o manuscrito foi elaborado por uma freira da Ordem Dominicana como uma fonte de referência para Maria de Trastâmara.
"No manuscrito de Voynich existe um mapa desdobrável com imagens que fornece toda a informação necessária referindo a data e o local de origem do manuscrito", adianta Cheshire.
Gerard Cheshire disse que o manuscrito é uma compilação de textos sobre remédios à base de plantas, banhos terapêuticos, leitura astrológica, dicas sexuais, embora seja necessário fazer um trabalho mais detalhado para descobrir outros segredos que o livro contém.
Créditos: Sputnik News

Cientistas inventam computação super-rápida sem energia

Pesquisadores da Universidade Radboud (Holanda), Universidade de Lancaster (Inglaterra), Universidade de Ratisbona (Alemanha) e Academia Russa de Ciências inventaram um tipo de processamento de dados super-rápido usando apenas pulsos de luz, em vez de eletricidade.
A criação utiliza ímãs para registrar dados de computador que consomem praticamente zero energia, resolvendo o dilema de como escalar velocidades de processamento sem os altos custos de energia associados.
Os atuais servidores dos centros de dados representam entre 2 e 5% do consumo global de eletricidade, produzindo calor que, por sua vez, requer mais energia para resfriá-los.
O problema é tão grave que a Microsoft submergiu centenas de seus servidores no oceano, em um esforço para mantê-los refrigerados e cortar custos.
A maioria dos dados é codificada como informação binária (0 ou 1, respectivamente) através da orientação de minúsculos ímãs, chamados spins, em discos rígidos magnéticos. A gravação magnética é usada para definir ou recuperar informações usando correntes elétricas que dissipam grandes quantidades de energia.
Agora, a equipe internacional resolveu o problema substituindo a corrente elétrica por pulsos de luz extremamente curtos – com duração de um trilionésimo de segundo – concentrados por antenas especiais no alto de um ímã.
O novo método é super-rápido, mas tão eficiente energeticamente que a temperatura do ímã não aumenta de maneira alguma.
A equipe fez uma demonstração pulsando um ímã com rajadas de luz ultracurtas em frequências no infravermelho distante, a chamada faixa espectral de terahertz.
Até então, as fontes mais intensas existentes de luz terahertz não tinham sido capazes de fornecer pulsos fortes o suficiente para mudar a orientação de um ímã. O avanço foi alcançado utilizando um mecanismo eficiente de interação entre os spins e o campo elétrico de terahertz, descoberto pela mesma equipe.
Os cientistas então fabricaram uma antena muito pequena no topo do ímã para concentrar e, assim, aumentar o campo elétrico da luz. Esse campo elétrico local mais forte foi suficiente para navegar a magnetização do ímã até sua nova orientação em apenas um trilionésimo de segundo.
A temperatura do ímã não aumentou durante o processo, já que ele requer energia de apenas um quantum da luz terahertz – ou um fóton – por spin.
“A baixa perda de energia registrada torna esta abordagem escalável. Futuros dispositivos de armazenamento também explorariam a excelente definição espacial de estruturas de antenas, permitindo memórias magnéticas práticas com velocidade e eficiência de energia simultaneamente máximas”, esclarece um dos autores do estudo, Dr. Rostislav Mikhaylovskiy, da Universidade de Lancaster.
Mikhaylovskiy planeja realizar mais pesquisas usando o novo laser ultrarrápido da Universidade de Lancaster, juntamente com aceleradores do Instituto Cockroft, que são capazes de gerar intensos pulsos de luz para permitir a troca de ímãs e determinar os limites práticos e fundamentais de velocidade e energia da gravação magnética.

Créditos: Hypescience

Especialista alerta para falhas graves na segurança do WhatsApp

Isso porque os eletrodomésticos estão cada vez mais conectados uns aos outros na "internet das coisas", permitindo que os hackers os acessem utilizando aplicativos especiais.
O especialista em segurança cibernética Vince Steckler, chefe executivo da gigante de segurança Avast, prevê um surto de hackers roubando dados de identidade e informações bancárias das pessoas por meio de eletrodomésticos ao redor do mundo.
Ele afirma ainda que até mesmo uma cafeteira ou uma televisão inteligente em casa seria capaz de colocar a segurança das informações das pessoas em risco.
Steckler afirmou que se recusou a utilizar o serviço de mensagens instantâneas WhatsApp em seu telefone, convencido de que isso ameaçaria a privacidade de seus amigos, depois de um ataque ao aplicativo que permitiu que os hackers assumissem o controle dos telefones apenas fazendo chamadas via aplicativo.
As cafeteiras "inteligentes" podem ser conectadas à internet para permitir que os usuários as controlem remotamente através de seus telefones, afirmou o especialista em segurança.
Ele destacou que os dispositivos não são seguros, o que significa que os hackers podem acessá-los e utilizá-los para acessar outros dispositivos, como laptops e celulares, obtendo informações pessoais como detalhes dos cartões de crédito.
"As cafeteiras não são projetadas para terem segurança. As televisões não são projetadas para terem segurança. Mas elas são vetores adicionais para entrar em sua rede", afirmou ele, explicando que as TV inteligentes, câmeras e monitores de bebês conectados à internet também eram mais vulneráveis a hackers.
Em 2013, a gigante do varejo norte-americana Target foi hackeada através do sistema de ar condicionado da empresa, permitindo o acesso às informações dos cartões de crédito de aproximadamente 41 milhões de consumidores, recordou o especialista.
Os especialistas em segurança também afirmaram que a maioria dos dispositivos IoT cometeu erros de segurança que não seriam tolerados em smartphones ou PC.
"Se não resolvermos isso agora, as falhas sistêmicas vão acelerar cada vez mais", afirmou Ken Munro, fundador da Pen Test Partners, empresa britânica responsável pela análise de segurança da IoT.

Créditos: Sputnik

Areia em praia no Japão tem fragmentos da bomba de Hiroshima

No dia 6 de agosto de 1945 uma bomba atômica norte-americana atingiu a cidade japonesa de Hiroshima, matando milhares de pessoas e impactando a vida de outras centenas. Mais de 70 anos depois, uma equipe de pesquisadores descobriu por acidente que a areia da praia vizinha à cidade é composta, até hoje, por partículas resultantes da explosão.
"Este foi o pior evento criado pelo homem, de longe ”, disse Mario Wannier, um dos responsáveis pela descoberta, em comunicado. “Na surpresa de encontrar essas partículas, a grande questão para mim era: você tem uma cidade e, um minuto depois, não tem a cidade. Havia a questão de: 'Onde está a cidade — onde está seu material?' É um tesouro ter descoberto essas partículas. É uma história incrível."
Foi em 2015 que Wannier decidiu estudar a areia que cobre a parte da costa da península de Motoujina, no Japão, mas apenas em 2019 publicou o artigo que definia, de fato, o que foi encontrado. De acordo com o geólogo, o caminho para compreender o que eram aquelas partículas analisadas foi tortuoso.
Parte da amostra analisada era comum, composta de microrganismos, fósseis e materiais rochosos normalmente encontrado nas praias. Contudo, algumas chamaram sua atenção: "Você não poderia não notar as partículas estranhas. Geralmente são aerodinâmicas, vítreas, arredondadas — essas partículas imediatamente me lembraram alguns fragmentos esféricos que tinha visto em amostras de sedimentos do limite do Cretáceo-Terciário”, afirmou Wannier. Essa época é marcada por um evento de extinção em massa planetária, incluindo a morte dos dinossauros, há cerca de 66 milhões de anos.
Entretando, analisando a areia mais detalhadamente, o geólogo e sua equipe notaram divergências de peso e aparência entre os fragmentos pré-históricos e os encontrados na praia do Japão. “Havia formas bastante incomuns. Havia ferro puro e aço. Alguns deles tinham a composição de materiais de construção", relatou o mineralogista Rudy Wenker sobre a amostra.
Aliás, foi só com a ajuda de Wenker que a equipe pôde compreender a origem daquele material. O especialista conduziu análises em raios-X da amostra com auxílio do cientista Nobumichi Tamura, cujos pais viviam a cerca de 320 quilômetros de Hiroshima na época da explosão.
Mario Wannier conta que, provavelmente, o material resultante da bomba atômica (tanto seus compostos, quanto os fragmentos de sua explosão) se misturaram na nuvem de fumaça gerada pelo artefato atômico. Dessa forma, o material decantou após certo tempo, indo parar nas praias vizinhas à região — a amostra foi recolhida a 6 quilômetros do epicentro do evento.
Wannier também disse que estudar os detritos foi uma jornada esclarecedora para ele, e espera que a publicação ressalte a importância de se estudar outros eventos do tipo. “Há mais de 70 anos esse material existe e nunca foi estudado em detalhes. Esperamos que isso desperte a atenção da comunidade científica. Esperamos que as pessoas aproveitem essa oportunidade", afirmou.
Fato é que ainda não se sabe se e quanto essas partículas são radiotivas e como podem ter afetado o solo da região. Por isso, os especialistas pretendem continuar analisando o material em busca de mais desdobramentos. Ainda assim, a equipe demonstrou empolgação com o achado: "É um tesouro ter descoberto essas partículas. É uma história incrível", contou Wannier.

Créditos: Galileu

Você conhece a origem dos nomes das cores?

Você já se imaginou vivendo em um mundo sem cores? Justamente por estarem presentes em todos os elementos do nosso dia a dia, as cores foram ganhando importância ao longo do tempo. Mas nem sempre existiu uma variedade tão grande de tonalidades como a que conhecemos hoje. Ou pelo menos elas ainda não tinham sido batizadas.
É difícil imaginar, mas, há muito, muito tempo atrás, as línguas nem mesmo tinham nomes para todas as cores, sendo que algumas acabavam sendo representadas por uma mesma palavra. O tempo passou e as sociedades se viram obrigadas a criar nomes para tantas nuances diferentes.
O mais curioso é que ao observar culturas isoladas, os especialistas notaram que, em geral, as cores recebiam seus nomes na mesma ordem. Eles chamaram esse fenômeno de “hierarquia do nome das cores”, sendo que a ordem mais comum era preto, branco, vermelho, verde, amarelo e azul. Outras nuances, como roxo, marrom e rosa, por exemplo, foram batizadas muito tempo depois.
Abaixo você confere a história dos nomes das cores, de acordo com Mário Eduardo Viaro, professor de Língua Portuguesa da Universidade de São Paulo, em matéria publicada no site MundoCor e algumas definições dos nomes das cores em inglês segundo o pessoal do Gizmodo.


(Vale notar que não existem evidências diretas do PIE porque não há registros escritos. Sendo assim, as palavras que conhecemos são reconstituições feitas a partir de outras línguas e por isso elas são sinalizadas com um asterisco.)

Preto
Em latim, a palavra que designava a cor preta tinha uma noção de algo denso, espesso e, por consequência, apertado. A partir daí fica mais fácil entender a origem do nome, que está no latim appectoráre, que significava “comprimir contra o peito”. Com o tempo, a palavra se transformou em apretar e depois ganhou a forma atual.
A palavra negro, que também designa a cor escura, tem sua origem no latim nigrum, sendo que em outras línguas latinas ela ganhou formas bastante semelhantes: negro (espanhol), nero (italiano), noir (francês) e negru (romeno).
Já em inglês, a palavra black remete à escuridão, assim como significa “queimar”. Sua origem está em *blakkaz (do proto-germânico), que evoluiu para blaec (no inglês antigo) e chegou à forma que conhecemos hoje.


Branco
Em latim, o oposto da cor mais densa era albus e é justamente daí que temos palavras eruditas como alvo e albino, que remetem à cor branca. Já a própria palavra branco tem origem germânica e significava originalmente algo reluzente, brilhante ou polido. Isso nos permite entender melhor o sentido da expressão “armas brancas”.
É interessante notar que a forma latina original só se manteve em romeno (alb), sendo que as demais línguas latinas também aproveitaram a versão germânica e formaram blanco(espanhol), blanc (francês) e bianco (italiano).
Em inglês, acredita-se que a palavra que representava a cor branca em PIE fosse *kwintos. Depois ela se transformou em *khwitz (proto-germânico), hvitr (nórdico antigo), hwit (saxão antigo) e wit (holandês). Mais algumas mudanças e a palavra virou white que é a forma que usamos hoje em dia.

Vermelho
Você já ouviu falar que o pigmento vermelho é retirado de um inseto chamado cochonilha? Pois é justamente nesse animal que está a origem do nome e da cor que conhecemos hoje. Coccum é o nome latino desse inseto que produz pigmentos em tons de vermelho. Por esse motivo, em latim, a cor escarlate ganhou o nome de coccinus, que chegou até o grego moderno como kókkinos. Em português, nós perdermos o nome original do animal, mas ficamos com a idéia de um “pequeno verme”, que é de onde veio vermiculum, a palavra que deu origem à nossa cor.
No proto-germânico, a palavra usada para designar objetos vermelhos era *rauthaz, que foi derivada em raudr (nórdico antigo), rod (saxão antigo) e rØd (holandês), chegando até o red inglês moderno.

Verde
Curiosamente, mesmo sendo de famílias diferentes, a origem do nome da cor verde em inglês e português tem uma explicação bastante semelhante. Nos dois casos, a palavra que deu origem ao nome da cor significava crescer, verdejar. Em latim, o verbo é viridem, que é de onde veio o nosso verde – além da mesma forma ter sido adotada em espanhol, romeno e italiano –, que se transformou em vert para os franceses.
Já em PIE, o verbo crescer era *ghre, que se tornou graenn (nórdico antigo) e grown(holandês). Em saxão antigo, a palavra grene indicava tanto a cor quanto coisas jovens e imaturas e foi daí que veio o green que conhecemos hoje.

Amarelo
A etimologia do amarelo é um pouco mais incerta, mas acredita-se que seja uma derivação da palavra amarus, que era o diminutivo de amargo em latim. A relação entre o sabor e a cor pode parecer estranha, mas trata-se de uma referência ao gosto amargo da bile.
A cor duvidosa da substância também nos chama atenção para o fato de que durante muito tempo as divisões do espectro de cores não eram muito exatas, o que acabava por resultar em um mesmo nome para o que hoje entenderíamos como duas cores.
Isso fica ainda mais claro se pensarmos que no PIE a palavra *ghel era usada tanto para verde quanto amarelo. Ela chegou no nórdico antigo na forma de gulr e ganhou as grafias geolu e geolwe no inglês antigo. Com o passar do tempo, a palavra se transformou em yellow no inglês moderno.

Azul
Embora o latim tenha uma forma que chegou até o português, a palavra cerúleo (do latim caeruleus) é muito pouco usada. A verdade é que o nosso famoso azul vem do árabe, que por sua vez veio do termo persa que designa uma pedra preciosa chamada lápis-lazúli. Essa forma também chegou ao espanhol (azul) e ao italiano (azurro).
Por outro lado, o francês não seguiu a mesma ordem das demais línguas latinas e foi buscar o seu bleu nas línguas germânicas, onde a palavra *bhle-was (PIE) significava brilhar. Depois veio o proto-germânico (*blaewaz) e o inglês antigo (blaw). Curiosamente, o blue do inglês moderno é uma das palavras de origem francesa que compõem o idioma.

Outras cores
Quando falamos em cores, é sempre importante lembrar que muitas delas receberam seus nomes por causa de plantas, animais e outros seres. Rosa, cinza e violeta são alguns exemplos bem evidentes desse processo.
Um exemplo disso é a palavra laranja, em português e orange, em inglês. Essa cor ganhou seu nome justamente por causa da fruta que, em sânscrito, era naranga. Em árabe e persa, a fruta ganhou o nome de naranj e se transformou em pomme d’orenge em francês antigo.
O marrom é outra cor que tem sua origem em um elemento da natureza. Em francês, marrom significa castanha e é daí que vem o nome do legítimo “marron glacê”, que é feito com castanhas. Por outro lado, o nome do fruto se manteve em algumas expressões, como “olhos e cabelos castanhos”.

Créditos: Megacurioso

quinta-feira, 16 de maio de 2019

Menor píxel já fabricado promete telas do tamanho de prédios

Os menores píxeis já criados - são nanopíxeis - prometem abrir caminho para novos tipos de telas flexíveis de grande escala, grandes o suficiente para cobrir edifícios inteiros.
Um milhão de vezes menores do que os píxeis dos celulares mais modernos, eles funcionam aprisionando os fótons, as partículas de luz, sob nanopartículas de ouro, tirando partido de uma tecnologia conhecida como plasmônica.
A equipe afirma que seus píxeis coloridos são compatíveis com a fabricação rolo-a-rolo usada para fazer filmes plásticos flexíveis, reduzindo drasticamente seu custo de produção e ampliando o tamanho das telas.
Como emitem luz forte o suficiente para serem vistos sob luz solar intensa e não precisam de potência constante para manter sua cor, os píxeis têm um desempenho energético que viabiliza a fabricação de telas de grandes áreas, eventualmente substituindo os conhecidos outdoors. Ou então revestimentos para substituir as tintas, permitindo que prédios e casas mudam de cor conforme o gosto dos moradores.
O coração dos nanopíxeis é uma minúscula partícula de ouro, com poucos nanômetros de diâmetro. A nanopartícula fica sobre uma superfície refletora, prendendo a luz no espaço entre elas. Envolvendo cada nanopartícula há um fino revestimento pegajoso que muda quimicamente quando é controlado eletricamente, fazendo com que o píxel mude de cor de forma controlável através de todo o espectro de cores.
A fabricação consiste em revestir as nanopartículas de ouro com um polímero ativo chamado polianilina e, em seguida, pulverizá-las em um plástico espelhado flexível.
"Estas não são as ferramentas normais da nanotecnologia, mas esse tipo de abordagem radical é necessária para tornar viáveis as tecnologias sustentáveis," disse o professor Jeremy Baumberg, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido. "A estranha física da luz em nanoescala permite que ela seja chaveada, mesmo se menos de um décimo do filme estiver revestido com nossos píxeis ativos. Isso porque o tamanho aparente de cada píxel para a luz é muitas vezes maior que sua área física quando usamos essas arquiteturas ressonantes de ouro."
Os nanopíxeis abrem uma série de novas possibilidades de aplicação além das telas cobrindo prédios e muros, como arquiteturas capazes de anular a carga de calor solar, roupas e revestimentos de camuflagem ativa, bem como indicadores minúsculos para a internet das coisas.
A equipe está trabalhando para melhorar a gama de cores emitida e está procurando parceiros industriais para desenvolver ainda mais a tecnologia.

Créditos: Inovação Tecnológica

Por uma fração de segundo, uma partícula simulada voltou no tempo

Vamos imaginar o seguinte cenário: uma pessoa abre vários ovos crus em uma tigela e começa a batê-los com um garfo. O sistema fica cada vez mais caótico conforme os ovos são misturados e batidos. Mas e se a pessoa mudasse de ideia e decidisse que preferia que os ovos voltassem a ser inteiros, com a casca perfeita e a clara e a gema ainda em seus estados originais? Seria possível reorganizar o sistema? Seria possível fazer uma molécula de ovo voltar no tempo?
Um grupo de físicos quânticos anunciaram no início de 2019 que eles conseguiram criar um algoritmo de computador que age como uma “fonte de juventude”. Usando um computador quântico IBM, eles conseguiram desfazer o envelhecimento de uma única partícula elementar por um milionésimo de segundo.
Esta vitória comprova a enorme dificuldade em interferir com a passagem do tempo. “Nós demonstramos que reverter o tempo mesmo que em apenas UMA partícula quântica é uma tarefa intransponível para a natureza realizar sozinha”, explica Valerii Vinokur ao New York Times. Ele é um dos cinco pesquisadores do trabalho, que foi desenvolvido no Instituto de Física e Tecnologia de Moscou.
“O sistema composto por duas partículas é ainda mais irreversível, imagine os ovos inteiros – compostos por bilhões de partículas – que quebramos para preparar um omelete”, diz ele.
Nós estamos submetidos à segunda lei da termodinâmica, que diz que a desordem e complexidade só aumentam em um sistema fechado como o universo. Assim, os átomos de um ovo batido nunca vão se reorganizar naturalmente para voltar a formar um ovo inteiro, em parte porque existem muitas mais formas desses átomos se misturarem do que retornarem aos seus lugares originais.
O princípio da incerteza, que está no cerne da mecânica quântica, afirma que, a qualquer momento, a localização ou a velocidade de uma partícula subatômica pode ser especificada, mas não ambas. Como resultado, uma partícula como um elétron, ou um sistema deles, é representada por uma entidade matemática chamada de função de onda, cuja magnitude é uma medida da probabilidade de encontrar uma partícula em um lugar ou condição particular.
A função de onda se estende ao longo do espaço e do tempo. A lei que descreve sua evolução, conhecida como a equação de Schrödinger, é igualmente válida para frente ou para trás. Mas fazer uma função de onda ir em sentido inverso não é coisa simples.
Dr. Vinokur comparou isto com o desafio de enviar uma bola de bilhar em alta velocidade de volta para onde ela começou. Parece fácil: basta acertar com um taco. Mas se for uma bola quântica, o princípio da incerteza entra em ação: você pode saber a força com que tem que acertar a bola, ou em qual direção acertar, mas não sabe os dois ao mesmo tempo. “Por causa do princípio da incerteza, a bola quântica nunca retornará ao ponto de origem”, disse Vinokur.
Na mecânica quântica, o bola é o equivalente as ondas. Fazer retroceder uma onda é muito mais difícil do que uma bola. É preciso reverter as fases das ondas e transformar cristas em vales e assim por diante, uma tarefa que a natureza não pode realizar por conta própria.
Neste trabalho foi utilizado um computador quântico. Ele se difere do computador clássico porque o clássico processa séries de zeros e uns (bits), enquanto os computadores quânticos trabalham com qubits, que podem ser zero e um simultaneamente, contanto que ninguém confira a resposta até o final dos cálculos.
Lesovik e seus colegas usaram um computador quântico IBM para tentar reverter uma onda. O computador usado tem apenas 5 qubits (versões de 16 e 20 qubits também existem), mas para manter as coisas simples, eles usaram apenas dois ou três qubits.
O experimento de reversão do tempo tem quatro passos. Primeiro os qubits foram colocados em um estado inicial simples que imitava “um átomo artificial”, disse Vinokur. Além disso, os qubits estavam emaranhados, o que Einstein chamou de “ação fantasmagórica à distância”. Ou seja, o que quer que acontecesse com um qubit, afetava as medições do outro (ou dois, dependendo de quantos foram implantados).
Em seguida, a equipe usou uma série de pulsos de rádio de microondas nos qubits, que os levaram de um estado simples para mais complexidade. Depois de um milionésimo de segundo, os cientistas então interromperam essa fase, chamada de “programa de evolução”, e trataram os qubits com outro pulso de microondas, para reverter sua fase e prepará-los para se tornarem mais jovens.
Finalmente, a equipe religou o programa de “evolução”. E os qubits voltaram ao seu alinhamento original – de volta ao seu próprio passado. Com efeito, eles ficaram um milionésimo de segundo mais novos.
Este algoritmo quase sempre funcionava. Quando os cálculos envolviam dois qubits, havia uma taxa de 85% de sucesso. Quando três qubits foram usados, a taxa era de apenas 50%. Os autores acreditam que isso acontece por conta de imperfeições no computador quântico e pela tendência dos qubits saírem de sincronia quando seus números aumentavam.
Em nota para a imprensa, o Instituto de Física e Tecnologia afirmou que no futuro, para atingir as ambições dos matemáticos quânticos, serão necessários computadores com centenas de qubits.

Créditos: Hypescience

Nuvem química pode guardar dados por milhões de anos

Já existem propostas para armazenar dados em pó, mas a principal alternativa à atual geração de dispositivos magnéticos vinha ficando por conta do armazenamento de dados em moléculas de DNA.
Acaba de surgir uma alternativa, capaz de guardar informações de forma estável por milhões de anos - e sem gastar energia.
"Imagine armazenar o conteúdo inteiro da Biblioteca Pública de Nova York em uma colher de chá de proteína. Pelo menos nesta fase, não vemos este método competindo com os métodos existentes de armazenamento de dados. Em vez disso, vemos isto como complementar a essas tecnologias e, como objetivo inicial, adequado para o armazenamento de dados de arquivamento de longo prazo," disse Brian Cafferty, da Universidade Harvard, nos EUA.
Praticamente a totalidade do armazenamento de dados de longo prazo é feita atualmente em fitas magnéticas.
Hoje já é possível sintetizar fitas de DNA para registrar qualquer informação, incluindo vídeos de gatos, tendências de dietas e tutoriais culinários - artigos científicos e relatos históricos, que devem ser guardados para a posteridade, também podem ser armazenados.
Embora a molécula de DNA seja pequena comparada aos chips de computador, ela é grande no mundo molecular. E a síntese de DNA requer mão-de-obra qualificada e muitas vezes repetitiva. Se cada mensagem precisar ser projetada do zero, o armazenamento de macromoléculas pode se tornar um trabalho demorado e caro.
Por isso Cafferty foi procurar moléculas menores.
"Partimos para explorar uma estratégia que não se baseia diretamente na biologia," conta ele. "Em vez disso, confiamos em técnicas comuns em química orgânica e analítica e desenvolvemos uma abordagem que usa moléculas pequenas e de baixo peso molecular para codificar informações."
Ele encontrou o que procurava nos oligopeptídeos - dois ou mais peptídeos ligados juntos -, que são comuns, estáveis e menores do que o DNA, o RNA ou proteínas.
Os oligopeptídeos também variam em massa, dependendo do número e tipo dos aminoácidos. Misturados, eles são distinguíveis uns dos outros, como letras em uma sopa de letrinhas.
Compor palavras com as letrinhas da sopa química é um pouco complicado. Primeiro, oligopeptídeos com massas variadas - as letras - são depositados em micropoços. Cada matriz contém 384 desses minúsculos buracos. Assim como a tinta é absorvida por uma página de papel, as misturas de oligopeptídeos são então montadas em uma superfície de metal, onde podem ser armazenadas indefinidamente. Para ler o que está escrito, os poços são submetidos a um espectrômetro de massa, que classifica as moléculas por massa, o que diz quais oligopeptídeos estão presentes ou ausentes.
Para traduzir o amontoado de moléculas em letras e palavras, é usado o tradicional código binário. Um "M", por exemplo, utiliza quatro dos oito oligopeptídeos possíveis, cada um com uma massa diferente. Os quatro presentes nos poços recebem um "1", enquanto os quatro ausentes recebem um "0". O código binário molecular aponta para uma letra correspondente ou, se a informação é uma imagem, um píxel correspondente.
Com este método, uma mistura de oito oligopeptídeos pode armazenar um byte de informação; 32 podem armazenar quatro bytes; e mais poderiam armazenar ainda mais.
Até agora, Cafferty escreveu, armazenou e leu a famosa palestra do físico Richard Feynman "Há muito espaço lá embaixo", que lançou as bases da nanotecnologia, uma foto de Claude Shannon, conhecido como o pai da teoria da informação, e a Grande Onda de Kanagawa, de Hokusai.
No momento, a equipe consegue recuperar suas obras-primas armazenadas com 99,9% de precisão. A escrita é feita em uma velocidade média de 8 bits por segundo, enquanto a leitura chega a 20 bits por segundo.
Embora a velocidade de escrita supere em muito a escrita com DNA sintético, o sistema ainda é caro, dependendo de aparatos grandes de laboratório, o que dá a dianteira para o armazenamento de dados em DNA, que pode ser mais rápido e mais barato.
A equipe argumenta, contudo, que este é o primeiro protótipo de demonstração do conceito. Com um pouco de aprimoramento, as velocidades certamente aumentarão. Uma impressora jato de tinta, por exemplo, pode gerar microgotas a taxas de 1.000 por segundo e colocar mais informações em áreas menores. E espectrômetros de massa melhores poderão absorver ainda mais informações de cada vez.
E, ao contrário de outros sistemas de armazenamento de informações moleculares, que dependem de uma molécula específica, esta abordagem pode usar qualquer molécula maleável que possa ser manipulada em bits distinguíveis.
Cafferty lembra também que uma "nuvem química" - uma versão química da nuvem de dados atual - é uma opção estável, sem consumo de energia e resistente à corrupção de dados. Assim, se os livros queimarem, os computadores forem hackeados e os DVDs falharem, uma pastilha repleta de informações pode persistir para lembrar a humanidade do quanto já gostamos de vídeos de gatos ou de como podemos correr nas raias da insanidade espalhando notícias falsas.

Bactérias fotossintéticas estão sendo mortas pelo plástico nos oceanos

As bactérias são muito importantes para a própria existência da vida na Terra. Através da fotossíntese, cianobactérias ajudaram a formar a nossa atmosfera bilhões de anos atrás. Ainda hoje, 10% do oxigênio que respiramos vem de apenas um tipo de bactéria no oceano. E, como acontece com todas as formas de vida na Terra, nosso estilo de vida está ameaçando estes seres. Testes de laboratório mostraram que essas bactérias que ajudam a produzir o oxigênio que respiramos são suscetíveis à poluição de plástico, de acordo com um estudo publicado na revista Communications Biology.
“Descobrimos que a exposição a produtos químicos provenientes da poluição do plástico interferiu no crescimento, fotossíntese e produção de oxigênio do Prochlorococcus, a bactéria fotossintética mais abundante do oceano”, diz Sasha Tetu, autora principal e pesquisadora da Universidade Macquarie, nos EUA, em comunicado à imprensa.
Estima-se que a poluição por plástico cause mais de 13 bilhões de dólares em prejuízos econômicos aos ecossistemas marinhos a cada ano, e a tendência é que o problema piore, de acordo com estimativas sobre a contaminação de plásticos no oceano até 2050. “Essa poluição pode liberar uma variedade de aditivos químicos em ambientes marinhos, mas ao contrário das ameaças que os animais sofrem ao ingerir ou se emaranhar em detritos plásticos, a ameaça que essas liberações químicas representam para a vida marinha recebeu relativamente pouca atenção”, diz Lisa Moore, co-autora do artigo.
Pensando nessa falta de estudos a respeito do potencial devastador dos elementos químicos que vazam nos oceanos através do plástico, as pesquisadoras analisaram os efeitos que esses produtos têm sobre a menor forma de vida em nossos oceanos, as bactérias marinhas fotossintéticas. “Nós olhamos para um grupo de pequenas bactérias verdes chamadas Prochlorococcus, que é o organismo fotossintético mais abundante na Terra, com uma população global de cerca de três octilhões de indivíduos”, diz Sasha.
Esses micróbios são grandes responsáveis pela produção de carboidratos e oxigênio no oceano através da fotossíntese. “Esses microrganismos minúsculos são fundamentais para a cadeia alimentar marinha, contribuem para o ciclo de carbono e são responsáveis ​​por até 10% da produção total global de oxigênio”, diz Lisa, explicando a importância fundamental desses micróbios para a saúde dos oceanos. “Assim, uma em cada dez respirações que você faz é graças a esses pequenos seres, mas quase nada se sabe sobre como as bactérias marinhas, como o Prochlorococcus, respondem aos poluentes humanos”.
No laboratório, a equipe expôs duas linhagens de Prochlorococcus encontradas em diferentes profundidades do oceano a produtos químicos lixiviados de dois produtos plásticos comuns – sacolas de plástico cinza (feitas de polietileno de alta densidade) e esteiras de PVC. Eles descobriram que a exposição a esses produtos químicos prejudicava o crescimento e a função desses micróbios – incluindo a quantidade de oxigênio que eles produzem – além de alterar a expressão de um grande número de seus genes.
“Nossos dados mostram que a poluição por plásticos pode ter impactos generalizados sobre os ecossistemas, além dos efeitos conhecidos sobre os macroorganismos, como aves marinhas e tartarugas. Se realmente quisermos entender o impacto total da poluição plástica no ambiente marinho e encontrar formas de mitigá-lo, precisamos considerar seu impacto nos principais grupos microbianos, incluindo os micróbios fotossintéticos”, diz Sasha.
“Este estudo revelou um novo e inesperado perigo da poluição por plástico. Se a gestão de resíduos plásticos for deixada desacompanhada, as populações de prochlorococcus poderiam diminuir em alguns locais, o que poderia afetar os outros organismos que dependem de prochlorococcus para a alimentação. É possível que alguns prochlorococcus já sejam afetados quando próximos a plásticos”, diz Moore em entrevista ao jornal inglês The Independent.
A boa notícia é que ainda há tempo de mudar essa realidade. “Seriam décadas até que plástico suficiente se acumulasse nos oceanos para afetar as populações de prochlorococcus em escala global”, diz Moore na mesma entrevista. Segundo as pesquisadoras, o próximo passo é a realização de testes de campo para continuar entendendo o impacto da poluição do plástico nos oceanos.

Créditos: Hypescience

Nanonave que quer chegar às estrelas é testada na estratosfera

As nanonaves projetadas para a primeira viagem interestelarcumpriram mais uma etapa de testes.
A equipe da Universidade de Santa Bárbara, nos EUA, usou um balão para lançar um protótipo da nave espacial em miniatura, que poderá eventualmente se tornar a nanonave que os pesquisadores acreditam ser capaz de atingir velocidades relativísticas, para alcançar sistemas estelares próximos e exoplanetas, usando propulsão a laser.
"É parte de um processo de construção para o futuro e, ao longo do caminho, você testa cada parte do sistema para refiná-lo," disse o professor Philip Lubin, um dos proponentes da tecnologia. "É parte de um programa de longo prazo para desenvolver espaçonaves em miniatura para voos interplanetários e, eventualmente, para voos interestelares."
O protótipo, que a equipe chama de "espaçonave em escala wafer - wafers são as bolachas de silício usadas para fabricar processadores e outros chips - cabe na palma da mão. Ele foi lançado na estratosfera acima do estado da Pensilvânia, a uma altitude de 32 mil metros - três vezes a dos aviões comerciais - para avaliar sua funcionalidade e desempenho.
"Ela foi projetada para ter muitas das funções de espaçonaves muito maiores, como captura de imagens, transmissão de dados, incluindo comunicações a laser, determinação de atitude e detecção de campo magnético," disse o pesquisador Nic Rupert. "Devido aos rápidos avanços na microeletrônica, podemos encolher uma espaçonave em um formato muito menor do que foi feito anteriormente para aplicações especializadas como a nossa."
O protótipo de nanonave funcionou sem problemas e coletou mais de 4.000 imagens da Terra, no que Rupert disse ter sido "um excelente primeiro voo e que evoluirá dramaticamente a partir daqui".
O objetivo do projeto é construir uma bolacha de silício ultraleve (na escala de gramas) com eletrônica embarcada, capaz de ser lançada ao espaço enquanto retransmite dados para a Terra.
Para a distância que os pesquisadores querem alcançar - cerca de 40 trilhões de quilômetros, viajando a uma fração significativa da velocidade da luz - a tecnologia necessária ainda é desafiadora.
Conhecida como propulsão de energia dirigida, a tecnologia requer a construção de lasers gigantescos na Terra para atuar como a propulsão à distância. Ou seja, o sistema de propulsão não viaja com a espaçonave, ele permanece na Terra.
"Se você tiver uma matriz de laser grande o suficiente, você pode realmente empurrar as bolachas com uma vela a laser para atingir nosso objetivo de 20% da velocidade da luz," disse Rupert. "Então você estaria em Alfa Centauro em algo como 20 anos."
Uma viagem prática, contudo, vai durar quase 70 anos porque é necessário prever a frenagem da nave para que ela não passe chispando pelo alvo.
Parte de um empreendimento financiado pela NASA chamado Starlight, o esforço é apoiado também pela Fundação Breakthrough, onde é conhecido como Starshot. A Universidade de Santa Bárbara iniciou o projeto em 2009 com recursos do programa Spacegrant da NASA, recebendo fundos adicionais em 2015 por meio dos Conceitos Avançados da agência espacial.
Em seguida, a equipe abordou a Fundação Breakthrough, do bilionário de tecnologia Yuri Milner, em 2016, da qual recebeu um aporte de US$ 100 milhões para validar a ideia.

Créditos: Inovação Tecnológica