sexta-feira, 24 de maio de 2019

Ácaros comem seu sebo e se multiplicam no seu rosto enquanto você dorme

Você tem dezenas de hóspedes folgados que comem o seu sebo e caminham pelo seu rosto durante a noite. Eles são os ácaros Demodex folliculorum e Demodex brevis, que dormem nos seus poros durante o dia e fazem a maior festa durante a noite.
Eles são aracnídeos, parentes das aranhas, escorpiões e carrapatos, portanto também têm oito patinhas. Eles têm o corpo semitransparente, com tamanho de 0,3 mm, portanto não podem ser vistos a olho nu. Mas podem ser encontrados facilmente quando amostras finas da pele são colocadas no microscópio.
A boa notícia é que eles não causam nenhum problema para a maior parte das pessoas. Só quem tem imunidade baixa pode ter uma proliferação desses ácaros temporária que causa a demodicose, caracterizada por coceira e inflamação da pele.
Eles ficam bem confortáveis durante o dia, escondidinhos nos seus poros e nas raízes dos pelinhos do rosto. Quando tudo está escuro, eles ficam à vontade para explorar a sua pele e encontrar parceiros para acasalar. Eles vivem por cerca de duas semanas, e aproveitam tão bem a alimentação que nem têm necessidade de evacuar, portanto não têm ânus.
Os ácaros gostam do nosso rosto porque é ali que estão os maiores poros e os maiores produtores de sebo do nosso corpo, especialmente perto do nariz e testa. Como as crianças pequenas não produzem muito sebo, menos desses aracnídeos são encontrados nessas peles jovens. Mas mais deles são encontrados em adultos e muito mais em idosos.
Se você está pensando em correr para o banheiro e esfregar intensamente a sua pele para se livrar desses hóspedes indesejados, saiba que nem vale a pena o esforço. Mesmo se fosse possível retirar ou matar todos eles, em pouco tempo você já pegaria outros através de toalhas, travesseiros, lençóis ou contato com a pele do rosto de outra pessoa.
Nossa relação de boa convivência é antiga: estudos apontam que abrigamos esses ácaros em nossos rostos há pelo menos 20 mil anos.

Créditos: Hypescience

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